Blog do Flavio Gomes
Colunas Warm Up

COLUNA 2

SÃO PAULO (que me perdoem…) – Ainda falando do Museu, que acabou sendo a principal atividade do dia, tem uma parte que é especialíssima: a das torcidas. A gente vai caminhando, passando pelas salas de fotos, vídeos e homenagens, tudo muito bem sacado, emocionante e de bom-gosto, e de repente se vê num ambiente escuro, úmido, […]

SÃO PAULO (que me perdoem…) – Ainda falando do Museu, que acabou sendo a principal atividade do dia, tem uma parte que é especialíssima: a das torcidas. A gente vai caminhando, passando pelas salas de fotos, vídeos e homenagens, tudo muito bem sacado, emocionante e de bom-gosto, e de repente se vê num ambiente escuro, úmido, cheirando a pirâmides do Egito.

Parece de mentira, coisa da Disney, que tem até mofo e umidade artificiais, mas não é. Você acaba de entrar nas catacumbas do Pacaembu, por baixo das arquibancadas, onde se vêem as estranhas do estádio, os pilares de sustentação fincados na terra original. Ali, naquele esqueleto secular, ninguém entrava havia séculos. O sol não chega. É um sítio arqueológico que, desconfio, estava lá antes de o Pacaembu ser construído.

Fizeram alguns telões, mas não são TVs de plasma ridículas da Sony, e nem telões convencionais com projeção digital, ou sei lá o quê. Eles ficam como que suspensos no nada, há espelhos, projeção de imagens na terra, e todas as torcidas do Brasil neles aparecem, gritando, cantando, sofrendo e gozando. É lindo de morrer, hipnose pura. Disparado, o melhor do Museu do Futebol, porque é nessa catacumba de 5 mil anos que está depositada a alma do torcedor. De babar.

Ah, aqui está minha coluna de hoje, que não tem nada a ver com o Museu.