Blog do Flavio Gomes
F-1

INTERLAGOS EM PINGOS (60)

SÃO PAULO (números não mentem) – Alertado pelo blogueiro Márcio de Souza, fui fazer umas contas. Para concluir que a Toyota foi a única equipe que acertou nas últimas voltas da corrida ao não mandar seus pilotos para os boxes. Glock tentou, ao ficar na pista, ganhar as posições de Vettel e Hamilton, que optaram […]

SÃO PAULO (números não mentem) – Alertado pelo blogueiro Márcio de Souza, fui fazer umas contas. Para concluir que a Toyota foi a única equipe que acertou nas últimas voltas da corrida ao não mandar seus pilotos para os boxes. Glock tentou, ao ficar na pista, ganhar as posições de Vettel e Hamilton, que optaram por colocar pneus de chuva. Quase conseguiu.

Vejam.

Na volta 65, a volta anterior à parada de Hamilton para colocar pneus de chuva, a diferença dele, que estava em quarto, para Glock, sexto, era de 19s741.

Somei os tempos das voltas 66 a 71 de alguns pilotos, para saber quanto cada um gastou até receber a bandeirada. Massa, que parou na 67, gastou 511s140. Vettel, que parou na 66, gastou 520s013. Hamilton, que parou também na 66, gastou 521,445. Trulli, que não parou, gastou 520s596.

E Glock? Foi o mais rápido de todos. Sem parar, gastou 507s165. Por não ter parado, foi 14s280 mais rápido nessas seis voltas que Hamilton — que, repito, na volta 65 tinha 19s741 de vantagem sobre o alemão. Lewis acabou recebendo a bandeirada 5s461 à frente de Glock. Timo descontou 14s280. 

Foi uma tentativa. Arriscada, é verdade, porque na chuva, com aqueles pneus, ele poderia rodar, atolar, se estrepar. Mas se segurou, com tempos de volta bem interessantes, até. Só na última é que a chuva apertou e ele não teve como se manter à frente de Lewis.

Glock não deixou Hamilton ser campeão. Ao contrário, quase impediu seu título. Foi por alguns metros. Lewis, se não tivesse parado e conseguisse fazer o mesmo que Timo fez, talvez conseguisse chegar até na frente de Vettel.