SÃO PAULO (imbatível) – Terminou hoje em Interlagos, com bom público, o Brasileiro de Motovelocidade. E Gilson Scudeler, o maior papa-títulos das duas rodas do país, ganhou uma das baterias na principal categoria, a Superbike. Pierre Chofard venceu a outra, porque Scudeler queimou a largada.
Gilson é figura rara, batalhador das motos há anos e ninguém ganha dele no Brasil há anos. Fechou a temporada com 11 vitórias em 12 corridas (foram seis rodadas duplas no ano) e 286 pontos (275 com o descarte), contra 183 do vice-campeão, Danilo Andric.
Scudeler tem equipe própria com apoio da Petrobras. Chofard, que venceu a única prova que Gilson não ganhou, faz parte do time. É um desequilíbrio indesejável, mas às vezes acontece. Não acompanho de perto o motociclismo brasileiro, mas sempre que posso vejo as corridas na TV. Noto que há apoios importantes de empresas e muito mais gente nas arquibancadas do que no automobilismo (com as exceções de sempre, Stock, Truck e F-1).
Quem daqui acompanha com frequência o mundo das duas rodas, favor contar tudo! Só não me venham defender o indefensável, aqueles meninos de 8 ou 9 anos que já andam de 80 cc ou 125 cc, uma irresponsabilidade total de pais e autoridades. Sim, eu sei que tem um garoto desses na Espanha, Eric Granado, 12 anos, arrebentando a boca do balão. Talentosíssimo, tem um projeto de chegar à MotoGP e é bem possível que isso aconteça. Mas não me conformo com tamanha precocidade. Tenho filhos dessa idade. Mais novinhos, até. Não consigo imaginar um pai largando um moleque de 9 anos andando numa moto a 100 km/h numa pista de corrida. E ninguém vai me convencer que não tem nada de mais.