Blog do Flavio Gomes
#69

CLASSIC CUP

SÃO PAULO (quem sabe dá certo…) – Bem, vou passar apenas o que recebi de informação, porque não estive presente na reunião — no mesmo horário, estava no ar na rádio. Terça-feira à noite, a pedido do Bastos, vice-presidente da FASP e dono de não sei bem qual clube, vários pilotos da Superclassic foram à […]

SÃO PAULO (quem sabe dá certo…) – Bem, vou passar apenas o que recebi de informação, porque não estive presente na reunião — no mesmo horário, estava no ar na rádio. Terça-feira à noite, a pedido do Bastos, vice-presidente da FASP e dono de não sei bem qual clube, vários pilotos da Superclassic foram à federação para discutir o que aconteceu sábado em Interlagos (para quem não sabe ainda, é só clicar aqui).

Nenhum — repito, nenhum — dos quatro gênios da comissão de Antigomobilismo nomeada no ano passado para estragar nosso campeonato apareceu. O que levou todos à conclusão de que ela não mais existe. Ou, se existe, não apita mais nada. Ótimo. Livramo-nos desses caras que criaram 20 (20!) categorias num campeonato que tinha só três, com o único objetivo aparente de encaixar um JK com pneus slicks e algumas Alfas da antiga Classic num grid que construímos com muito esforço em cinco anos. É bom dizer aqui que nenhuma Alfa da antiga Classic apareceu para correr, e o JK quebrou.

Parece que a reunião foi positiva. A comissão foi dissolvida (não sei se formalmente, mas ela nunca existiu formalmente, também, então dá na mesma) e o campeonato foi rebatizado e reformatado.

A partir de agora, o que foi Historic Racing Cars (2003), Copa SP de Autos Antigos (2004), Superclassic (2005 a 2007) e Históricos de Competição (2008) passa a se chamar Classic Cup, e já tem até logotipo, feito pelo piloto Tadeu Destro. As 20 categorias foram reduzidas a oito. É um progresso, sem dúvida. Pelo que entendi (o novo regulamento está sendo redigido, e é o que me preocupa, porque sai cada coisa de lá…), teremos três divisões da seguinte forma:

DIVISÃO 1 – Carros com motores e carburadores originais, subdivididos em três categorias: A, para motores até 1.400 cc; B, para motores até 1.600 cc; C, para motores até 2.500 cc (creio que isso abre a possibilidade de Opalas entrarem no campeonato, o que acho bem legal).

DIVISÃO 2 – Carros com motores originais, podendo ser usados carburadores Weber 40 ou semelhantes, subdivididos em três categorias como acima, por cilindrada do motor. Aqui também podem ser usados diferenciais autoblocantes.

DIVISÃO 3 – Réplicas e protótipos. As réplicas são exclusivamente aquelas que usam mecânica VW a ar até 1.600 cc. Os protótipos, pelo que entendi, são todos aqueles que não usam motores originais, como os Pumas, Fuscas, Karmann-Ghias, Chevettes e outros equipados com motores AP, com cilindrada máxima de 2.000 cc.

Não serão permitidos pneus slicks, nem apêndices aerodinâmicos que não sejam originais do carro. O Transformer do Malanga, portanto, terá de arrancar a asa traseira, o spoiler dianteiro e as minissaias laterais. Os carros que podem participar são os mesmos, nacionais ou importados fabricados até 1979 — e as exceções previstas desde 2004, como os Fiat 147, Brasília, Corcel II, Passat, Chevette, todos que foram fabricados além de 1979, mas ou estão descontinuados, ou mantêm os projetos originais sem alterações (caso do Lada, que é um projeto da Fiat década de 60, aprimorado pelos camaradas soviéticos).

Gostei. Espero que seja cumprido e fiscalizado, para acabar essa balbúrdia que a FASP fez e agora tenta desfazer. Ah, e o resultado da primeira etapa será adequado às novas divisões, parece. Mas não tenho certeza sobre isso. Nossa segunda prova está marcada para 7 de março. Até lá!