SÃO PAULO (comece a pensar nisso) – O Beto Trabalglio foi quem mandou a notícia. Diz que uns cabras lá na Amérika chegaram à conclusão de que carros pretos absorvem mais calor e, por isso, fazem as pessoas usarem mais ar-condicionado e, por isso, gasta-se mais combustível e energia e, por isso, emitem mais dióxido de carbono e, por isso, os carros pretos estão condenados à fogueira do inferno para todo o sempre.
Eu só tive um carro preto na vida, um Uno SX 1985. Era bonitão, tinha teto solar e frente com quatro faróis, uma customização de uma revenda qualquer que não me lembro qual era — comprei usado. Depois, nunca mais. Mas não por alguma razão particular, acho até que alguns carros pretos são bonitos.
O problema é que a cor banalizou-se. Antigamente, carro preto tinha algo de especial. A Vemag, por exemplo, fazia apenas um modelo, o Belcar preto com capota branca e interior vermelho. Em pequena escala. Havia um modelo raríssimo, o Luxo, que vinha em preto. A Simca, posso até estar enganado, só fazia o Presidence em preto. A Volkswagen tinha pouca coisa de linha em preto no Brasil (nunca vi Variant, Brasília, TL, Karmann-Ghia ou Kombi pretos).
Bem, eu precisava de uma foto para ilustrar esta nota, escolhi do carro mais requintado que encontrei. Mais detalhes, aqui.