Blog do Flavio Gomes
Meus velhos papéis

MEUS VELHOS PAPÉIS

SÃO PAULO (esse vou guardar, não dá para imprimir nada no verso, que tem texto em francês) – Jacques Villeneuve faz aniversário depois de amanhã, dia 9, 38 anos. Juro que este press-release eu tinha separado só por causa da estampa do patrocinador (parece algo tão remoto, não?). Aí fui dar uma lida, para ver […]

SÃO PAULO (esse vou guardar, não dá para imprimir nada no verso, que tem texto em francês) – Jacques Villeneuve faz aniversário depois de amanhã, dia 9, 38 anos. Juro que este press-release eu tinha separado só por causa da estampa do patrocinador (parece algo tão remoto, não?). Aí fui dar uma lida, para ver se era algo relevante e… Putz, é do dia em que Jacques conquistou o título mundial de 1997, em Jerez.

Foi um fim de campeonato tão emocionante quanto o do ano passado. Aliás, quando me perguntam qual foi mais legal, acho que foi esse, de 1997. Porque os protagonistas eram inimigos mortais, então tinha mais graça. Massa e Hamilton foram muito civilizados, na última temporada…

Naquele ano, não. Era uma briga de foice no escuro, Villeneuve desclassificado no Japão, Schumacher dando uma de cafajeste, aliança entre equipes inglesas contra a Ferrari, três pilotos com os mesmíssimos tempos na primeira colocação do grid (Schumacher, Frentzen e Villeneuve)… Foi bárbara, aquela corrida. Além do mais, Jerez é um lugar lindo, encantador, come-se e bebe-se como um rei. E foi, também, a primeira cobertura de F-1 para o “Lance!”, que nascera naquela semana, primeiro com a edição carioca, depois com a paulista.

Bom, para ler o texto, basta ampliar a bagaça clicando na imagem. Mas destaquei algumas frases. Da introdução, escrita pela assessora de imprensa da Williams (acho que era Ann Bradshaw): “[Jacques] esportivamente sacrificou o primeiro e o segundo lugares em favor de Mika Hakkinen e David Coulthard, da McLaren, porque não queria comprometer suas chances no campeonato”. Sei, sei. Ele deixou passar porque a McLaren jogou por ele naquele final de temporada…

De Villeneuve: “Me preocupei um pouco quando fui passar Michael, porque sabia que era um grande risco, e realmente fiquei surpreso quando ele jogou o carro em mim, embora não tenha sido algo totalmente inesperado”. Foi a espetada básica do domingo. De Frentzen: “As coisas deram errado no meu segundo pit stop, parei no box da Benetton. Achei que a gasolina lá era mais barata, mas quando vi que os pneus que me esperavam eram usados, percebi que eu deveria mesmo voltar ao pit da Williams”. Zé mané… E de Patrick Faure, da Renault: “Ganhamos 11 dos últimos 12 títulos disputados nos últimos seis anos e estou muito orgulhoso”.

É isso aí.