Blog do Flavio Gomes
F-1

SEPANGADAS (4)

SÃO PAULO (esperto, o Branson) – A notícia tem uns dois dias, já, mas não toquei no assunto aqui e é tema que merece ser aprofundado. O SportsProDailyDeal, um site especializado em negócios do esporte, revelou que a Virgin está perto de fechar um acordo com a Brawn para 2010 de US$ 30 milhões (algumas […]

SÃO PAULO (esperto, o Branson) – A notícia tem uns dois dias, já, mas não toquei no assunto aqui e é tema que merece ser aprofundado.

O SportsProDailyDeal, um site especializado em negócios do esporte, revelou que a Virgin está perto de fechar um acordo com a Brawn para 2010 de US$ 30 milhões (algumas fontes falam em 30 milhões de euros, também; está havendo uma confusão de moedas na mídia internacional). Em troca, ficaria com o direito de vender espaços publicitários nos carros da equipe durante a próxima temporada.

É um risco calculado. Pode não vender nada, e morre com os 30 paus. Para a equipe, a grana antecipada garante boa parte do orçamento para um Mundial de cabo a rabo.

A Brawn, embora seja um time sem previsão de receita, não está propriamente na pindaíba. Tem US$ 150 milhões em caixa, dinheiro que veio da Honda e dos direitos de TV distribuídos por Bernie Ecclestone. Poderia ser mais, se a FOM considerasse a Brawn uma sucessora da Honda. Mas para pagar menos, Bernie considerou o time “estreante”…

O dono da Virgin, Richard Branson, paga atualmente US$ 250 mil por corrida à Brawn, segundo o SportsPro. Por enquanto, está meio no fio do bigode, mas a tendência, claro, é que o contrato vá até o fim da temporada. Se for, o time receberá US$ 4,25 milhões pelo patrocínio do grupo.

De acordo com a Margaux Matrix Digital Eye, uma empresa que mede retorno de mídia citada pelo SportsPro, os carros da Brawn apareceram na TV durante 48 minutos e 38 segundos nas duas transmissões ao vivo do GP da Austrália — classificação e corrida. Os logotipos da Virgin foram expostos com total visibilidade por 8 minutos e 56 segundos. Segundo a Margaux Matrix, esse tempo todo, em TVs do mundo inteiro, custaria US$ 10,4 bilhões (bi, mesmo) se a empresa quisesse comprá-lo.

Claro que a conta não deve ser feita nesses termos, como se a Virgin tivesse tido um “lucro” de mais de 10 bilhões de verdinhas, já que pagou 250 mil pacotes para adesivar os carros da Brawn.

Mas foi um bom negócio, sem dúvida.