Blog do Flavio Gomes
F-1

KEBABS (9)

SÃO PAULO (deu, né?) – Eu vou é comer uma pizza. Várias. Bem, ninguém falou nada de extraordinário depois do banho turco de Button. Nem Gola Profonda telefonou. Não mesmo. Não havia nada a dizer na Ferrari. Quem sabe durante a semana. Parece que ele vai se encontrar do Ronaldo Denysson, ambos terão o que […]

SÃO PAULO (deu, né?) – Eu vou é comer uma pizza. Várias. Bem, ninguém falou nada de extraordinário depois do banho turco de Button. Nem Gola Profonda telefonou. Não mesmo. Não havia nada a dizer na Ferrari. Quem sabe durante a semana. Parece que ele vai se encontrar do Ronaldo Denysson, ambos terão o que contar sobre as “ex-grandes” em que trabalham.

Pincei uma ou outra frase dita aqui e ali, de qualquer forma, e vou negritar os autores para facilitar a busca. Hamilton, por exemplo, falou que gostou dele mesmo na corrida. Oh, meu ego. E que, agora, só lhe resta ajudar a McLaren a sair da merda e a não fazer mais merda ainda em 2010. Falou com outras palavras, mas o sentido era esse. Com as suas, disse: “Quando a equipe me der um carro vencedor, eu vou vencer”. Oh, meu ego. Por fim, deu uma de Collor. “Não me deixem só!”, pediu aos seus torcedores, já de olho na “buttonmania” (tem hífen isso?) em Silverstone.

Norbert Haug acha que Button e a Brawn (não citou Barrichello) “estão numa liga diferente”, e tirou  uma casquinha da McLaren, a quem presta serviços, mandando abraços e beijos à Brawn, que usa seus motores. “Nossos clientes continuam muito satisfeitos.”

Stefano Domenicali mostrou espanto. “Como é que nosso carro muda tanto em três dias?”, perguntou-se, olhando o espelho. Pois é. “No sábado estávamos bem de manhã e mal à tarde. Na corrida, o máximo que dava era o sexto lugar”, foi o que disse Massa. Pois é. Não tenho respostas. Nem eles.

Alonso reclamou do carro e pediu mudanças “urgentemente”. Nelsinho atribuiu o mau resultado à classificação, “quando minha sorte foi definida”. Webber e Vettel, esses sim, tinham o que comemorar. Não ficaram tristes com a vitória de Button. Falaram que a Brawn estava “em outro planeta”. Vettel, como se imaginava, não ficou choramingando pelos cantos por ter parado três vezes, contra duas de Webber. “Talvez com duas desse para chegar em segundo, mas eu errei no começo e por isso o Jenson me passou. Não iria mudar muita coisa.”

E o que mais?

Barrichello, claro. “Tudo está acontecendo comigo”, foi mais o menos o que disse, à BBC. Queixou-se da embreagem na largada, do limitador de giros nas retas, do KERS de Kovalainen quando tentou ultrapassar, do câmbio no final, quando abandonou no momento em que iria levar uma volta de Button. Hum… Ao contrário do que alguns blogueiros disseram, a Brawn não “admitiu” defeito na embreagem. Ross Brawn disse que “houve um problema” de embreagem na largada. Claro que houve. Barrichello não conseguiu fazer a embreagem funcionar direito e ficou empacado no lugar. Pode ser um problema técnico? Pode. Pode ter sido erro do piloto? Pode. Até agora, isso não aconteceu com Button. E aconteceu duas vezes com Rubens, uma na Austrália, outra na Turquia. Os sistemas são idênticos. Não existe uma embreagem “Barrichello Pro” e outra “Button Plus”.

Assim, que cada um pense o que quiser.

E vou às pizzas.