Blog do Flavio Gomes
F-1

O MUNDIAL “DELES”

SÃO PAULO (dia 12 tá aí) – O fala-fala sobre 2010 foi muito intenso na Turquia, como já havia sido em Mônaco. A sensação que tenho é de que as equipes estão pouco se lixando para aquilo que anda acontecendo na pistas e só se preocupam com o jogo político que tomou conta da cena […]

SÃO PAULO (dia 12 tá aí) – O fala-fala sobre 2010 foi muito intenso na Turquia, como já havia sido em Mônaco. A sensação que tenho é de que as equipes estão pouco se lixando para aquilo que anda acontecendo na pistas e só se preocupam com o jogo político que tomou conta da cena desde que a briga entre FOTA e Max Mosley se escancarou.

Os piloto se reuniram e juraram amor a seus times. Vão com eles até o fim. O que é curioso, porque alguns deles possivelmente serão demitidos no final do ano, estejam onde estiverem seus patrões. Mas esqueçam os pilotos, eles não mandam nada.

A situação de momento aponta Williams e Force India com a FIA, e mais as novatas que demonstraram interesse em correr no ano que vem: Epsilon Euskadi, Campos, USGP-Alguma-Coisa, Prodrive-Aston Martin, Superfund, Lola, N. Technologies, March, Brabham e Litespeed (que pode usar o nome Lotus). Claro que algumas são apenas ensaios, não têm condições nem de preparar o Meianov. Mas são dez, fazem volume. E acho que a FOTA ainda terá algumas baixas, como McLaren e Brawn.

Em Istambul, circulou até um calendário que as dissidentes, lideradas pela Ferrari, podem adotar em 2010 caso decidam correr sozinhos, formando outra categoria. Claro que não deve ser muito levado a sério, até porque existem contratos entre alguns desses autódromos/promotores e a FIA/FOM. Mas vale pela curiosidade. Dos circuitos que fazem parte do calendário atual, Mônaco, Monza, Silverstone e Abu Dhabi seriam incorporados pelos rebeldes. As outras pistas utilizadas seriam Magny-Cours, Jerez, Portimão, Mugello, Indianápolis, Montreal e Hockenheim.

Todas elas têm condições imediatas de receber corridas de F-1, ou de alguma categoria semelhante. Notem que colocaram Silverstone, que provavelmente será substituída por Donington no ano que vem na F-1 de Bernie & Max. Abu Dhabi ainda nem estreou e já está sendo cooptada. Magny-Cours foi abandonada à própria sorte, é a chance de resgatá-la. Mônaco diz que só faz corrida se tiver Ferrari nas suas ruas. Jerez é outra relegada à própria sorte, aceitaria sem pestanejar. Mugello é praticamente da Ferrari, e Monza só faz sentido com carros vermelhos na pista. Portimão, no Algarve, está estalando de novo, louco por alguma coisa importante. Montreal adoraria ver a F-1 ou outra categoria qualquer de volta. Indianápolis precisaria de um trabalho comercial forte com Tony George. E Hockenheim anda meio em baixa nessa história de revezamento.

Como se vê, pista no mundo é o que não falta. Dá para vários campeonatos, sem problema algum. Problema imediato mesmo, outro, é o que tem sido visto nos elefantes brancos construídos recentemente para a F-1, como esse autódromo da Turquia. Ontem, apenas 36 mil pessoas ocuparam suas arquibancadas. Público de joguinho do Corinhtians no Pacaembu. A culpa, dizem, foi dos preços muito altos dos ingressos. Se for criada uma nova F-1 pelas rebeldes, e se continuar existindo a atual sob o comando de Max, Bernie & seus seguidores, é algo que deve ser levado em consideração. Tirando a Nascar, vejo que automobilismo leva cada vez menos gente aos autódromos. No mundo todo.

Bem, no fim da semana, dia 12, dia dos namorados, a FIA promete divulgar sua lista de inscritos. Até lá, vamos ficar especulando.