Blog do Flavio Gomes
F-1

MAGIARES (7)

SÃO PAULO (a corrida, mesmo…) – E não é que a McLaren voltou a vencer? Com Hamilton largando em quarto. É apenas a quarta vez em 24 GPs da Hungria que o vencedor não largou entre os três primeiros. Em 1989, Mansell partiu em 12º; em 2005, Raikkonen largou em quarto; em 2006, Button saiu […]

SÃO PAULO (a corrida, mesmo…) – E não é que a McLaren voltou a vencer? Com Hamilton largando em quarto. É apenas a quarta vez em 24 GPs da Hungria que o vencedor não largou entre os três primeiros. Em 1989, Mansell partiu em 12º; em 2005, Raikkonen largou em quarto; em 2006, Button saiu de 14º para a vitória; e, agora, Lewis.

O inglês começou a construir sua vitória ao passar os dois rubrotaurinos nas primeiras voltas. A presepada da Renault no carro de Alonso, que estava na pole, nem era necessária. Hamilton já estava bem mais rápido que o espanhol, e muito perto, quando Fernandinho foi para os boxes.

Boa corrida também fez Raikkonen. Não sei se vão puni-lo, mas se o fizerem, acho sacanagem. O cara buscou posições na largada, não tirou ninguém da corrida. Precisam acabar com algumas frescuras na F-1. Webber, em terceiro, acabou ficando decepcionado. Foi derrotado pelo KERS, no fundo. Aliás, foi a primeira vitória de um carro com KERS na F-1, e o dispositivo ajudou muito tanto Hamilton, quanto Raikkonen na largada.

Barrichello teve qualquer chance de bom resultado comprometida pela má posição de largada e pela má largada em si. Mesmo se fizesse uma parada apenas (o que é quase impossível com os pneus de hoje), não chegaria mais à frente. Terminou em décimo. Button, sétimo, pingou mais dois pontinhos na conta, mas a situação da Brawn está longe de ser confortável. A boa notícia para a turma do marca-texto é que a McLaren e a Ferrari podem ajudar a tirar pontos da Red Bull a partir de agora, como aconteceu na Hungria.

A diferença de Jenson para Webber, terceiro hoje, é de 18,5 pontos. É bom abrir o olho. A Red Bull vem chifrando. Para sorte do inglês, Vettel teve um fim de semana apagado que acabou com um abandono ainda não explicado.

Destaque para Timo Glock, 13º no grid e sexto no final, com estratégia igual à de Barrichello: esticar o primeiro stint e deixar a segunda parada para o finalzinho. Com ele, deu certo. Outro que merece menção honrosa é Rosberguinho, quarto, cada vez melhor em corrida.

No mais, Jaiminho Alguersuari não fez nenhuma bobagem e pode se dar por satisfeito por ter terminado sua corrida de estreia. Não deve ter sido fácil. Nelsinho foi o 12º na prova que pode ter sido sua despedida da Renault. As consequências de seu tiroteio com Briatore, porém, devem ficar mais claras nos próximos dias. Hoje não sai nada, creio.