E hoje vai em pílulas, começando por Barrichello.
Que já começou a falar bobagem. Disse que a Brawn deu um “show de como perder corrida”. Se ele se refere à estratégia de três paradas, pode até ter certa razão, embora essa estratégia seja conhecida dos pilotos antes de a corrida começar e os pneus da Brawn, pelo jeito, não aguentariam apenas dois pit stops. Por alguma razão, no frio os carros marcatêxticos comem borracha demais. Mas mesmo com duas paradas, Barrichello não chegaria à frente dos carros da Red Bull nem se o touro tossisse. Talvez de Massa e Rosberguinho. E olhe lá.
Se se refere a todo o resto, não tem a menor razão. Rubens saiu de Nürburgring com um único prejuízo a lamentar. E não é o de não ter vencido, porque não fez nada para vencer. O preju foi ter terminado atrás de Button. Algo que pode ser explicado por dois fatores, pela ordem de importância: 1) ter ficado séculos atrás de Massa depois do primeiro pit stop, perdendo mais de 1s por volta, pulverizando a vantagem tímida que abrira no começo da corrida depois de uma boa largada; 2) a falha na mangueira de reabastecimento na segunda parada, que lhe tomou algo em torno de 5s de corrida.
O resto, sinceramente, é discussão no vácuo. Não houve privilégio algum a Button. Antes da terceira parada, ele estava na caixa de câmbio de Rubens, e mais rápido. Era óbvio que precisava ser chamado depois, nem que fosse uma volta, sob o risco de ambos serem ultrapassados por Alonso. Se Barrichello não tivesse perdido o tempo que perdeu atrás de Massa (e que Button não perdeu, passando a Ferrari na segunda volta), mesmo com o problema no pit stop estaria bem na frente do colega. E não estava. O ritmo de corrida de Rubens foi ruim.