Blog do Flavio Gomes
F-1

AS REGRAS

SÃO PAULO (tudo ajeitado) – A FIA divulgou hoje seus regulamentos para o ano que vem. Nenhuma grande novidade em relação a tudo que se esperava. Uma das bobagens previstas não passou, a proibição das mantas térmicas que aquecem pneus. É um negócio barato, prático e útil. E se todo mundo largasse de pneu frio, […]

SÃO PAULO (tudo ajeitado) – A FIA divulgou hoje seus regulamentos para o ano que vem. Nenhuma grande novidade em relação a tudo que se esperava. Uma das bobagens previstas não passou, a proibição das mantas térmicas que aquecem pneus. É um negócio barato, prático e útil. E se todo mundo largasse de pneu frio, poderiam acontecer algumas batidas bestas. Além do mais, economizam-se algumas voltas de aquecimento com as mantas.

O sistema de pontuação foi mantido. Por um lado, é bom. Descarta-se outra bobagem, a proposta de Bernie Ecclestone de dar o título a quem conseguir mais vitórias. Já discutimos isso à exaustão em março, quando a ideia quase foi colocada em prática. Por outro, eu gostaria de um sistema que aumentasse a diferença entre o primeiro e o segundo colocado. Mas a FOTA só falou nisso por alto e nunca apresentou sugestão nenhuma, então fica como está.

Acabou o reabastecimento. Foram 16 anos seguidos de mangueiras nos boxes, equipamento caro e nem sempre muito confiável. Os pit stops vão continuar, para troca de pneus. Nunca vi grande vantagem no reabastecimento. Prefiro ver todo mundo largando com o mesmo peso. Aquela história de sair mais leve ou mais pesado mascarava as diferenças entre carros e pilotos e induzia a muitas cagadas dos engenheiros, prejudicando pilotos com menos voz ativa.

Por conta disso, os carros ficarão mais pesados, 620 kg de mínimo, porque os tanques serão maiores. O KERS continua opcional. Não gosto do KERS. Acho caro e desnecessário. Azar das equipes, que vão ter de continuar gastando nisso, porque quando funciona faz uma diferença brutal num duelo sem-KERS x com-KERS.

Por fim, a definição do grid. Com 26 carros, o Q1 vai eliminar os oito mais lentos, o Q2 degola mais oito e o Q3 terá os dez mais rápidos fazendo a classificação com pouquíssima gasolina no tanque, sem aquela história de treinar com o combustível que será usado na corrida.

É a melhor parte, embora óbvia, com o fim do reabastecimento. Teremos, de novo, os carros e pilotos mais rápidos largando na frente.

E aí. Gostaram?