A molecada que me perdoe, mas os velhinhos estão matando a pau. Domingo passado foi Barrichello a vencer em Valência. Hoje, Fisico a cravar todo mundo em Spa. Muito, muito legal.
Curioso é que exatos 15 anos atrás essa mesma equipe fazia, lá mesmo, em Spa-Francorchamps, uma pole improvável, com… Barrichello! Pela Jordan, o ainda garoto Rubinho, apenas 22 anos, conseguiu uma pole pela primeira vez. De lá para cá, a Jordan virou Midland, que virou Spyker e que é Force India hoje, se é que não esqueci de ninguém no meio do caminho.
Giancarlo está mais leve que o resto? Claro que está. Mas o velho Fisico — sobre quem, nos últimos dois ou três anos, já escrevi várias vezes que deveria ter parado, o que mostra que a gente não entende nada de picas — já tinha começado a classificação muito bem. Foi o mais rápido no Q1 e o quarto mais rápido no Q2. Seu desempenho desde sexta (fora o mais rápido na chuva) vem sendo muito consistente, e a Force India passou da primeira degola com seus dois pilotos, acho que pela primeira vez. Sutil também fez bons tempos e larga numa honrosa 11ª posição, à frente de Brawn, McLaren, Renault, e aí não tem nada de peso, não.
Assim, leve por leve, truco, bonitão. É a grande chance da simpática Force India de marcar os primeiros pontos de sua curta existência, para alegria do núcleo dançante da novela das oito que começa às nove.
Loas a Giancarlo Fisichella, 36 anos, quarta pole em 223 GPs disputados (amanhã corre pela 224ª vez). As outras, para registro, foram na Áustria em 1998 pela Benetton, na Austrália em 2005 e na Malásia em 2006, ambas pela Renault.
Daqui a pouco eu volto para falar do resto. Porque acho que Barrichello se tornou favorito à vitória amanhã, e isso é importante para o campeonato, e merece um post à parte.