Blog do Flavio Gomes
F-1

BELGICANAS (7)

SÃO PAULO (ah, os velhinhos…) – Legal demais o segundo lugar de Fisichella. Daqueles históricos. Primeiros pontos da Force India, corrida que dava até para ganhar. Mais uma em Spa para a lista de coisas históricas envolvendo a velha Jordan: primeira pole em 1994, primeira vitória em 1998, estreia de Schumacher na F-1, último ponto […]

SÃO PAULO (ah, os velhinhos…) – Legal demais o segundo lugar de Fisichella. Daqueles históricos. Primeiros pontos da Force India, corrida que dava até para ganhar. Mais uma em Spa para a lista de coisas históricas envolvendo a velha Jordan: primeira pole em 1994, primeira vitória em 1998, estreia de Schumacher na F-1, último ponto com o nome Jordan em 2005, essas coisas que fazem de um circuito um lugar muito especial para certos times.

No fim, tive a impressão de que Fisico tinha carro para atacar Kimi. Não o fez. Ou porque está acertado com a Ferrari para correr em Monza, ou porque Raikkonen tem KERS, sei lá. Mas não importa muito. Acho que seria difícil passar, no fim das contas. Kimi me pareceu ter alguma sobra no carro.

Esse segundo lugar teve cara de canto do cisne para Giancarlo, mais ou menos como a vitória de Barrichello em Valência na semana passada. Mas os dois, em que pese a idade (e idade pesa…), têm lugar na F-1, ainda, com essa história de proibição de testes. Está difícil formar alguém. Sobrevida à vista para ambos, então. E a impressão de canto do cisne pode ficar só nisso mesmo, impressão.

A Force India andou muito bem também com Sutil, que só não pontuou porque largou mais atrás e teve muito mais trabalho que o companheiro. O alemão foi um dos mais combativos da prova, passou muita gente, mas teve um ritmo inconstante.

Vettel é outro que fez um corridão. Inteligente, foi buscar o que dava para quem largava em oitavo, um pódio. Volta a brigar pelo título, mas vai ter de conviver até o fim do ano com o fantasma dos motores quebrantes da Renault. Palmas também para a BMW Sauber. O carro é ruim, mas a pista ajudou. E seus pilotos mostraram dignidade e profissionalismo: quarto e quinto, ninguém esperaria isso de um time cuja morte já foi anunciada.

Webber se afastou um pouco da briga. Não andou bem, e ainda foi atrapalhado pelo time, que o liberou do pit stop de forma atabalhoada. São dois finais de semana ruins acumulados pelo australiano, que vinha fazendo uma temporada muito regular e começa a dar sinais de perda de fôlego.

Finalmente a Toyota, que largava lá na frente. Mas, como quase sempre, se ressente do mau ritmo de corrida de Trulli. Para ele, as coisas sempre dão errado. Tocou em Heidfeld na largada, teve de trocar o bico, depois aconteceu um problema no reabastecimento… Enfim, se tem alguém que pode reclamar do azar nessa F-1, é o pobre do Trulli. Mas ele também não ajuda muito a sorte.

Daqui a pouco eu volto para falar da Brawn e da história de Nelsinho ter batido de propósito em Cingapura no ano passado, história lançada pelo Reginaldo Leme na transmissão da TV.