1 . Há um G4 bem claro que vai lutar por vitórias e pelo título, formado por Ferrari, McLaren, Red Bull e Mercedes, talvez nessa ordem mesmo. O que significa que, ao longo do ano, ao menos oito pilotos vão brigar na frente, o que é muito bom. Não há um favoritismo muito evidente para nenhuma delas. Isso vai depender do tipo de pista, da temperatura, da chuva. A Ferrari parece estar um pouquinho à frente, pelos depoimentos de seus rivais. Mas a briga interna entre Alonso e Massa será intensa, o que pode ajudar os concorrentes.
2. No segundo escalão, um outro grupo de quatro equipes, o “G4-“, pode-se dizer, com Williams, Toro Rosso, BMW Sauber e Force India. A experiência de Barrichello pode ajudar a Williams nesse cenário. A Toro tem uma dupla talentosa, mas ainda muito verde. A BMW Sauber, em algum momento, vai sentir a falta de dinheiro, mas será curioso ver Kobayashi correr uma temporada toda. E a Force India pode dar seus brilharecos, como no ano passado em Spa e Monza.
3. A Renault tende a ser o mico do ano, o que vai exigir enorme paciência de Robert Kubica. O simpático polonês não pode é correr o risco de virar um Alesi, o piloto certo sempre no lugar errado — se não encontrar logo um carro competitivo para mostrar do que é capaz, é capaz que vire; e não será na Renault que vai achar o grande carro de sua vida.
4. Virgin e Lotus vão brigar entre elas, uma Série C do Mundial. Seus carros estão numa outra divisão, são muito mais lentos que a turma da frente e a do meio. Uma aposta divertida é: qual delas vai pontuar primeiro? Sim, porque com dez na zona de pontos, a partir de agora, não é exatamete um sonho impossível.
5. A USF1 não estará no Bahrein, e se a Campos aparecer por lá com dois carros, será uma surpresa enorme, um quase-milagre. E a Stefan GP vai estar na porta do autódromo, esperando para ver se deixam os sérvios correrem. É a novela que só acaba na sexta-feira barenita. De qualquer maneira, se alguma dessas equipes andar, a estreia vai se dar sem nenhum teste de pista. Uma temeridade.
6. A cobertura dos testes feita pelo Marcelo Ferronato no Grande Prêmio foi bárbara. Ele me lembrou muito meus primeiros anos de repórter, curioso, animado, entrão, entusiasmado. Com a retaguarda da turma do site aqui no Brasil, acho que cumprimos, e bem, nossa primeira missão na longa temporada que vem pela frente.