Blog do Flavio Gomes
Gira mondo

GIRA MONDO, GIRA

SÃO PAULO (quando parar, eu desço) – Lendo os pasquins do dia, e uma baleia matou uma treinadora no Sea World, em Orlando. O FBI já foi chamado para investigar as origens árabes do mamífero… Piadinha sem graça, claro, mas se eu disser que a polícia da Flórida garantiu que a morte foi acidental vocês […]

SÃO PAULO (quando parar, eu desço) – Lendo os pasquins do dia, e uma baleia matou uma treinadora no Sea World, em Orlando. O FBI já foi chamado para investigar as origens árabes do mamífero… Piadinha sem graça, claro, mas se eu disser que a polícia da Flórida garantiu que a morte foi acidental vocês acreditam? Pois é, foi o que garantiram os “cops”. Um acidente. Portanto, não foi premeditado. Assim, a baleia não será presa imediatamente.

Em Londres, o estúdio Abbey Road não será mais vendido pela EMI. O governo inglês resolveu a parada facilmente: declarou que o prédio é patrimônio histórico. A EMI que pague suas dívidas com outra coisa.

Nos EUA, a GM anuncia o fechamento da Hummer. Não fará falta alguma. E o presidente da Toyota se submete a uma humilhação inacreditável. Vai ao Congresso americano para pedir desculpas pelos “recalls” da marca.

E noto o chilique com a visita de Lula a Cuba. Oh, como pode visitar um país onde um preso político morreu por fazer greve de fome? Oh!

Digamos apenas o seguinte: em Cuba, há leis como em qualquer outro país. Discuti-las é tarefa para os cubanos. O rapaz não foi assassinado. Foi preso, fez greve de fome, foi levado a hospitais, mas acabou morrendo. Na China, prende-se e mata-se por motivos semelhantes. Nos EUA, o Estado se dá o direito de assassinar gente onde a pena de morte é lei. Sabe-se que há erros de julgamento frequentes e que inocentes vivem sendo assassinados.

Todo mundo visita a China e os EUA sorrindo e ninguém fala nada. Vamos deixar de bobagem. Cuba é um país que precisa de ajuda, e o Brasil vai ajudar, e acabou. Melhor fariam os chiliquentos se procurassem entender o quanto o embargo americano à ilha mata mais do que qualquer greve de fome.