PORTO ALEGRE (dá até medo) – A Virgin resolveu fazer tudo virtual no lançamento de seu carro, mas pouca gente conseguiu ver as imagens pela internet. Deu pau no servidor. Só agora há pouco recebi a primeira foto do automóvel, igualmente criado de maneira virtual, sem o uso de um sopro sequer em túnel de vento. Tudo foi feito na telinha do computador.
Saiu esse treco aí, bonito e elegante, com uma pintura bem pensada, fácil de identificar na TV e por quem estiver vendo as corridas nos autódromos. A Virgin é a primeira das novatas (vamos excluir a BMW Sauber dessa turma) a mostrar que pelo menos tem um carro. Ponto para ela. Não acho a dupla de pilotos forte, Glock e Di Grassi, mas ela pode ser eficiente na medida, para um time estreante que não tem grandes ambições e quer apenas se estabelecer no terreiro.
Notei que, como na Ferrari, na Toro Rosso e em alguns outros carros, há uma depressão no alto do bico, perto do cockpit. As equipes estão fazendo o que dá para aumentar a pressão aerodinâmica nessa região, porque os pneus dianteiros, neste ano, serão 3 cm mais estreitos que os traseiros, e os carros estão saindo muito de frente. Apesar da necessidade, achei a asa dianteira do carro virginiano de desenho muito simples, diria que até antiquado. Talvez eles mudem isso nos testes. Mas é típico, mesmo, de quem nao usou um túnel de vento para experimentar alas, aletas, frestas, desvios, canaletas e coisas afins.
Gostaram do carrinho virgem? Parece bem convencional, arroz-com-feijão. O que, às vezes, funciona.
