Blog do Flavio Gomes
F-1

NO DESERTO (7)

SÃO PAULO (passando a régua) – Agora, o resto. O resto lá da frente. Vettel podia ter vencido, acho que venceria se não fosse o problema no final. Mas o ano vai ser assim. Com carros pesados e pneus sofrendo, problemas mecânicos tendem a ser mais frequentes. Tanto que Felipe também teve. Ele explicou que […]

SÃO PAULO (passando a régua) – Agora, o resto. O resto lá da frente. Vettel podia ter vencido, acho que venceria se não fosse o problema no final. Mas o ano vai ser assim. Com carros pesados e pneus sofrendo, problemas mecânicos tendem a ser mais frequentes. Tanto que Felipe também teve. Ele explicou que estava superaquecendo e gastando mais do que devia. Precisou dar uma tirada de pé. Fernandinho, por sua vez, pareceu muito seguro da vitória. Falou que tinha uma carta na manga quanto aos pneus, e que partiria para o ataque nas dez voltas finais.

Alonso começou a ganhar a corrida com uma excelente largada. Passou Felipe e manteve o brasileiro sob controle. Vettel tem carro, é evidente. Mas, como no ano passado, a Red Bull não é 100% confiável. A briga, nas primeiras provas, deve ficar mais concentrada nessas duas equipes.

McLaren e Mercedes estão um pouquinho para trás. Mas são fortes e consistentes. Todo mundo ainda está aprendendo a lidar com os pneus, o consumo, o peso. Pit stops? Creio que o padrão, na maioria das corridas, será esse, de apenas uma parada. Porque pneus duros, em algum momento, serão mais do que eficientes, necessários, por conta do peso. Assim, andar com eles por várias voltas parece ser o mais recomendável. Claro que isso pode variar de pista para posta, mas em princípio, parar mais de uma vez para colocar pneus macios, mais rápidos, não vai compensar a perda de tempo nos boxes.

Brigas serão mais frequentes na segunda metade da corrida, porque o desempenho de cada carro vai variar bastante. A qualidade da pilotaiada hoje ficou clara na primeira volta. Ninguém bateu, exceção feita a um pequeno toque entre Kubica e Sutil. E todos estavam carregados de combustível.

A prova foi mais interessante do que emocionante. Boa, mas não inesquecível. Alonso será um osso duro de roer para Massa, que por sua vez mostrou que está absolutamente em forma depois do acidente da Hungria no ano passado. Continuo apostando num duelo apertado, mas com uma certa vantagem para o espanhol. Algo que Felipe pode compensar nos treinos de classificação.

Na McLaren, Hamilton começou melhor, assim como Rosberguinho saiu na frente de Schumacher. Detalhe: falamos de um G4 antes de começar o Mundial, e as oito primeiras posições foram desse G4. Deu Ferrari, Ferrari, McLaren, Red Bull, Mercedes, Mercedes, McLaren e Red Bull. Depois, uma Force India e uma Williams.

E será que esqueci alguma coisa? Ah, a corrida encerrada antes do tempo pelo Galvão. Também me confundi. A FOM mudou a contagem de voltas na telinha, era regressiva, agora é progressiva. Não crucifiquem nosso amigo. Mas merece um puxão de orelha o início de chilique quando a Ferrari pediu para Massa aliviar um pouco. Já começaram a imaginar conspirações, e depois da prova o brasileiro informou que seu carro estava superaquecendo.

Agora comentem à vontade, porque vai começar a Indy e quero ver a corrida.