SÃO PAULO (Mika era demais) – GP da Itália de 2000. Schumacher vence pela 41ª vez na carreira e iguala a marca de Senna. Ao fim de cada corrida, há anos é assim, acontece o que a gente chama de “unilateral”. É uma rápida entrevista com os três primeiros numa salinha conduzida por um cara escalado pela FIA/FOM. Nos últimos anos era o Peter Windsor, esse da USF1. Em 2000, não lembro. Depois de duas ou três perguntas para cada, eles seguem para a sala de imprensa onde Bob Costandouros comanda há séculos a coletiva maior, com a turma da mídia impressa. As imagens da unilateral é que em alguns países fecham as transmissões dos GPs. Aqui no Brasil, elas passam na Sportv. E são usadas, também, naqueles vídeos de fim de ano, com resumo da temporada.
Foi nessa de Monza que Schumacher desabou num choro incontrolável quando o perguntador lembrou a ele que tinha chegado a 41 vitórias, como Senna. Depois, na sala de imprensa, Michael estava mais tranquilo. Fiz a ele a mesma pergunta, desculpando-me por voltar ao tema porque todos nós tínhamos visto o que acontecera pouco antes. Mas falei que era uma pergunta obrigatória, ainda mais para jornalistas brasileiros. Ele se desculpou e disse que não queria mais tocar no assunto, que era algo muito pessoal. E foi isso.