Blog do Flavio Gomes
Indústria automobilística

CURTI

SÃO PAULO (e teria um, mas não terei) – E não é que ficou uma gracinha o novo Uno? Está nas capas das principais revistas de automóveis, quem quiser saber mais dele que compre as ditas cujas. Só não queria deixar passar em branco o lançamento, porque desde o fim do ano passado, quando vi […]

SÃO PAULO (e teria um, mas não terei) – E não é que ficou uma gracinha o novo Uno? Está nas capas das principais revistas de automóveis, quem quiser saber mais dele que compre as ditas cujas. Só não queria deixar passar em branco o lançamento, porque desde o fim do ano passado, quando vi as primeiras fotos, achei o carrinho um barato. O detalhe dos quadradinhos na frente é o charme da vez.

Na verdade, o Uno original continua sendo feito, como Mille, no Brasil. Mas tem sido prática da indústria lançar novos carros e usar velhos nomes, então que se dane. Pelo menos ficou legal. Bem melhor, por exemplo, que o medíocre Voyage que a VW colocou no mercado.

O Uno sempre teve personalidade, e esse também tem. Eu tive um Uno SX 1985 preto, modificado pela Mirafiori, cheio de coisa, com teto solar, quatro faróis quadrados, spoiler, farol de milha, bacana pacas. Arrombaram duas vezes para roubar o toca-fitas. Numa delas, quebraram todo o painel. Fiquei um ano para arrumar, porque era muito caro. Era fácil abrir o Uno, bastava colocar o joelho da porta e puxar por cima, porque não tinha moldura, fazia quina com o teto.

Fiquei com ele cinco anos, quase. Dava muito problema nos comandos-satélite de luz e quebrou o coxim do motor duas vezes. Um desastre. Era a álcool, transformei para gasolina.

Mas eu gostava do carrinho. Vendi uma semana antes do Plano Collor para comprar um apartamento. Perdi toda a grana. Fiquei sem o carro e sem o apartamento. Quando acabaram de devolver o dinheiro, deu para comprar um Karmann-Ghia.