Alguém notou na cara dos pilotos na área de pesagem? Tirando Webber, que sorria e saltitava batendo palminhas, e Vettel, puto consigo mesmo, o resto era uma desolação só. A tromba de Hamilton só era comparável ao bico de Massa. Piloto fica assim quando sabe que não há o que fazer.
Não há o que fazer contra a Red Bull em Barcelona. Se os dois não forem tontos, largam bem e desaparecem na frente. Não há espaço para surpresas nessa corrida se não acontecer nada de anormal. Vai ser um passeio chato e monótono lá na frente, para azar da equipe, que mal vai aparecer na TV.
Da dupla para trás, pode até ser legal. Alonso está com fome de bola, em quarto, e Hamilton, o terceiro, também não esmorece. Button, que não é besta, vai correr para pontuar. Sabe que não tem como ganhar, vai se garantir onde der. Schumacher se classificou na frente de Rosberguinho, uma melhora visível, andou na frente do parceiro a maior parte do tempo, mas também não faz milagre.
Destaque do dia foi Kamui Kobayashi, que enfiou a Sauber-sanduíche no Q3 e larga em décimo. Desbancou os dois da Force India. Kubica, brilhante de novo, foi o sétimo com a Lada-Renault. E o Petrov… Porra, Petrov!
Na turma do fundão, tão querida de todos nós, a Lotus começa a se descolar um pouco das demais. Trulli e Kovalento largam à frente das duplas hispânica e virginiana. Bruno Senna fez o pior tempo do dia. Foi 0s6 mais rápido que a pole da GP2. Mas que não desistam, nossos heróis nanicos!