Blog do Flavio Gomes
#69

SÃO PAULO (tudo é relativo) – Enquanto não me acionam no estúdio para chamar o comercial, vamos blogando. Foi bem legal a corrida de hoje em Interlagos. Largaram 27 carros e o Meianov conseguiu uma gloriosa 18ª posição no grid. Como eu temia, não choveu mais e a pista, na hora da largada, estava sequinha […]

SÃO PAULO (tudo é relativo) – Enquanto não me acionam no estúdio para chamar o comercial, vamos blogando. Foi bem legal a corrida de hoje em Interlagos. Largaram 27 carros e o Meianov conseguiu uma gloriosa 18ª posição no grid. Como eu temia, não choveu mais e a pista, na hora da largada, estava sequinha da silva.

Desta vez larguei mal. Quando não passo uma meia-dúzia, acho que larguei mal. Na verdade, não perdi posição nenhuma, nem ganhei. Tudo normal. E as primeiras voltas foram ótimas, porque o Alexandre Chaud, da minha categoria, estava atrás no grid com seu Passat cinza-ratinho. Ele não foi bem no molhado, e acabei me classificando melhor.

Eu tinha três adversários diretos: o Raphael, com outro Passat cinza-ratinho, o Erik, de Puma amarelo-gemada, e o Chaud. Esses eram os da minha categoria. Mas sempre tem um enxame de Fuscas para brincar, e uns Pumas, e uns Chevettes.

O Chaud chegou rápido no Meianov, mas na hora eu gritei, citando um grande sábio: chegar é uma coisa, passar é outra! E ficamos umas três voltas nos esgoelando, ele me passava na reta, eu retomava no S do Senna, tentava frear mais dentro, mas era uma questão de tempo. No fim, passou.

Segui na minha toadinha até que alguns carros começaram a ter problemas. O Erik amarelo-gemada quebrou. Opa, terceiro. Aí cheguei no Alcoforado, de Fusca, e no Júnior, de Puma. Quando passei o Puma, rodei no S do Senna. Ele se assustou e rodou junto. Está tudo registrado no vídeo abaixo feito pelo Kiko Stone.

Tinha óleo pra cacete na pista. Depois soube que quase todo mundo rodou em algum lugar. Até o Nenê Finotti, que liderava e acabou perdendo na geral para o Zé Augusto — que largou em último com seu Porsche cinza-urânio-iraniano. Rodei e voltei, como dá para notar pelo vídeo, e fui em frente. No fim, me aproximei do Chaud. Opa, ele teve algum problema, imaginei. E teve mesmo, homocinética. Homocinética é uma espécie de sessão de cinema para homossexuais. Não uso isso, não. Meu carro é espada.

Fui chegando, chegando, e passei na última volta. Passei o Fusca do Alcoforado, também, mas na chegada, antes de receber a bandeirada, a besta aqui tirou o pé achando que já tinha cruzado a linha, e não tinha. Resultado: ele chegou na minha frente por 0s029.

Sem problemas, porque não é da minha categoria. Fechei em segundo entre meus pares e em 13º na geral. Bom demais. Só não foi perfeito porque não consegui passar minha vítima preferida na largada, o Trovão Azul do Rogério Tranjan. O desgraçado largou bem e fez uma baita corrida, terminando em sétimo na geral. Vou protestar o resultado. Motivo? O Tranjan não pode chegar em sétimo, porque ficará insuportável. A não ser que pague a conta do boteco quarta-feira, aí eu retiro o protesto.

No pódio, a querida Lika Mattheis, filha do Andreas Mattheis, quase tão bom quanto eu, me entregou o troféu. Foi bem legal.