Vergonha, talvez, tenha sido o jeito que aconteceu. Consta que Bruno não sabia de nada. Aí é sacanagem.
Mas esperar o quê desse time? Pobre, que mudou de dono antes mesmo de estrear, que montou o carro horas antes do primeiro treino para a primeira corrida da temporada, que não fez um teste… Adoro equipes pequenas. Mas não gosto de picaretagens. A Hispania, se fechar as portas amanhã, não vai fazer falta alguma.
Eu diria que, para Senna-sobrinho, o melhor que aconteceu foi isso. Se livra desse mico de só andar em último e penúltimo.
Só que, agora, é preciso arrumar um rumo para a carreira. Não é surpreendente o que passa com esse rapaz? Eu acho que é. Tendo-se em vista o histórico de grande eficiência dos negócios da família Senna, especialmente depois da morte de Ayrton, é uma enorme surpresa constatar que o passo decisivo da carreira do sobrinho, a entrada na F-1, tenha sido tão equivocado.
Das duas, uma: ou a família não deu muita bola para isso, deixando para Bruno a incumbência de se virar, ou, então, erraram a mão. “Ah, ele pode ser um mau piloto, também”, dirá alguém. Pode. Mas o que fez ou deixou de fazer na Hispania não nos dá o direito de avaliar nada.