Blog do Flavio Gomes
F-1

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SÃO PAULO (e deu em nada) – A FIA acaba de livrar a cara da Ferrari, e sobre isso falo no próximo post. Este é sobre o calendário de 2011, que saiu hoje. Serão 20 corridas, recorde histórico e número mágico para Bernie Ecclestone, com a novidade da Índia no calendário. O Brasil fecha a […]

SÃO PAULO (e deu em nada) – A FIA acaba de livrar a cara da Ferrari, e sobre isso falo no próximo post. Este é sobre o calendário de 2011, que saiu hoje. Serão 20 corridas, recorde histórico e número mágico para Bernie Ecclestone, com a novidade da Índia no calendário. O Brasil fecha a temporada no dia 27 de novembro. Bahrein abre, em 13 de março. Em 2012, é capaz de alguém dançar para a entrada dos EUA.

Algumas considerações.

Quando cobri minha primeira temporada de F-1, em 1988, o Mundial tinha 16 corridas. Começou, naquele ano, em 3 de abril e Jacarepaguá e terminou 7 meses e 10 dias depois na Austrália, em 13 de novembro.

A distribuição geopolítica do calendário era assim:

– Américas: 4 corridas (25%)
– Europa: 10 corridas (62,5%)
– Ásia/Oceania: 2 corridas (12,5%)

No ano que vem, com 20 etapas, serão 8 meses e 14 dias da primeira à última, e essa distribuição ficou assim:

– Américas: 2 corridas (10%)
– Europa: 8 corridas (40%)
– Ásia/Oceania: 10 corridas (50%)

Nitidamente, Europa e Américas perderam terreno para rincões distantes da origem da F-1 — as economias emergentes e hedonistas de alguns países, e o bolso cheio de alguns governantes de nações pobres, na essência, mas dispostas a torrar milhões e milhões para ter um GP.

O mundo é assim, não há muito o que fazer. Mas continuo exercendo meu direito de morrer de saudades de provas em Portugal, na França, em Imola, México, Holanda, Suécia, Áustria, Argentina…