Blog do Flavio Gomes
F-1

ASSIM É YEONGAM*

SÃO PAULO (preguiça monstro) – Estou totalmente assessoria de imprensa hoje… É que quando elas mandam coisas legais, apesar de uma derrota ou outra de seus times do coração, merecem ser lidas pelo maior número possível de pessoas. É o caso da descrição bem detalhada da pista de Yeongam, que estreia no calendário da F-1 […]

SÃO PAULO (preguiça monstro) – Estou totalmente assessoria de imprensa hoje… É que quando elas mandam coisas legais, apesar de uma derrota ou outra de seus times do coração, merecem ser lidas pelo maior número possível de pessoas.

É o caso da descrição bem detalhada da pista de Yeongam, que estreia no calendário da F-1 neste fim de semana. Bruno Vicária, histórica viúva do Ademir da Guia e do Baroninho (eu tinha confundido com o Márcio Fonseca, corrigido está!), preparou o material que segue, depois de conversar com o Luiz Razia (piloto-reserva da Virgin). É bom para a gente saber mais ou menos o que pode acontecer na próxima corrida do Mundial.

Vamos para uma volta lançada: a primeira curva é muito lenta e fácil de perder o controle do carro e ir para a grama. Com calma, o importante é frear o mais tarde possível e buscar a potência na saída para a curva 2 rapidamente. Após uma reta bem longa, chegamos na curva 3, que também é de velocidade muito baixa. Por isso, o importante é se concentrar na frenagem e no torque. Provavelmente veremos carros como McLaren, Ferrari e Renault bem velozes no primeiro setor, por conta das retas longas.

No caminho para a curva 4, alcançamos a sétima marcha. É uma curva lenta para a esquerda, mas é muito importante para se preparar visando as curvas 5 e 6, uma sequência muito importante para manter o ritmo e não perder tempo, uma vez que é muito fácil isso acontecer nas partes mais lentas do circuito, pois você passa mais tempo nelas do que nos setores velozes.

Agora, iniciamos o melhor setor do circuito: as curvas 7 e 8 são como um grande “S” de pé embaixo, seguidas pelas curvas 9 e 10. A curva 9 nós fazemos em quinta marcha, com velocidade mínima de 200 km/h, seguida por uma área de frenagem traiçoeira para a curva 10, já que você precisa cortar para a esquerda, de olho na melhor linha para esta curva, feita em terceira marcha.

Chegando perto das curvas 11 e 12, é preciso o foco em uma linha suave, sem excessos, ou você estará em uma posição muito ruim para a curva 12. São setores muito rápidos, mas bem difíceis, uma vez que você quer carregar uma boa velocidade na 11, mas a 12 é apenas poucos metros depois. Já a 13 é praticamente ‘flat’, em quinta marcha, levando para o setor final.

A sequência de curvas 14, 15 e 16 são de média velocidade, e é preciso um ótimo ritmo aqui. A última dica é: quando você está na tomada para a curva 15, é crucial se preocupar com a saída de curva, pois, a partir de então, é aceleração plena até a linha de chegada. Será interessante ver como a pista evoluirá no fim de semana, já que, todos sabem, terminaram o circuito dez dias atrás.

* A ilustração diz que a corrida será em 3010, mas este blog acredita piamente que até lá não haverá nenhuma mudança significativa no traçado. Obrigado ao blogueiro que me alertou nos comentários.