Mas foi interessante, porque era o primeiro treino livre do ano e tal. E deu para ver que a McLaren, que fechou a sexta-feira com dobradinha, corrigiu o rumo antes de começar o campeonato, depois de um início de pré-temporada que prenunciava um desastre.
Deu para ver que, mesmo assim, é a Red Bull a grande força das primeiras provas do Mundial.
Deu para ver que na Ferrari Alonso continuará sendo dominante sobre Massa, à razão de meio segundo por volta. E que vai se esgoelar por 19 corridas para tirar mais do carro do que o que ele pode dar.
Deu para ver que Barrichello vai jantar Maldonado com a maior facilidade do mundo.
Deu para ver que Sauber e Toro Rosso irão brigar pau a pau com a Renault ali no bloco intermediário, e que Kubica faz uma falta danada.
Deu para ver que a Mercedes não deve ser descartada como possível frequentadora de pódios.
Deu para ver que Schumacher vai andar melhor que no ano passado.
Deu para ver que a Hispania não vai se classificar para o grid, por conta da regra dos 107% (válida para o Q1; quem ficar a mais de 7% do melhor tempo do Q1 dança). E não chega à temporada europeia, essa farsa em forma de equipe.
Deu para ver que a Virgin terá grandes dificuldades para alinhar, e corre sério risco de ficar fora dos 107% na Australia.
Deu para ver que a diferença de desempenho dos pneus é monstruosa, o que vai dar uma bela animada nas corridas. Os profetas do acontecido terão dificuldades para fazer seus prognósticos em pleno voo.
E deu para ver que nem os pilotos sabem direito quando podem usar as asas móveis, bonitinhas de ver, fáceis de entender no que diz respeito ao seu funcionamento, mas uma covardia com os pilotos que estão na frente. É como vendar o goleiro na hora do pênalti e achar que ele vai defender o chute.
Daqui a pouco eu volto.