Blog do Flavio Gomes
F-1

BARCELONETAS (5)

SÃO PAULO (ao infinito e além) – Vettel já tem 14 vitórias na carreira. Hoje, empatou com Emerson, Graham Hill e Jack Brabham nas estatísticas da F-1, 16ª posição na lista dos que já venceram na categoria. Com quatro vitórias em cinco corridas neste ano, já ganhou o campeonato. Eu achava que Webber venceria hoje. […]

SÃO PAULO (ao infinito e além) – Vettel já tem 14 vitórias na carreira. Hoje, empatou com Emerson, Graham Hill e Jack Brabham nas estatísticas da F-1, 16ª posição na lista dos que já venceram na categoria. Com quatro vitórias em cinco corridas neste ano, já ganhou o campeonato.

Eu achava que Webber venceria hoje. Mas nada como uma largada de merda para estragar uma corrida, não? O australiano caiu da pole para o terceiro lugar e foi ficando para trás. Alonso foi o nome das primeiras 18 voltas do GP da Espanha. Largou como um foguete e, enquanto teve pneus macios, se sustentou na frente. Depois, quando teve de usar os duros, desabou. Terminou uma volta atrás, em quinto. Lastimável.

Barcelona não foi tão vistosa quanto as outras corridas do ano, mas foi legal. Porque, no fim das contas, teve briga pela liderança nas últimas voltas, com uma demonstração de rara habilidade de Tião Alemão para se defender de Hamilton. A asa móvel, cruel, não funcionou contra ele. Lewis até que tentou. Mas não conseguiu. E era um tal de ligar e desligar o KERS que não sei como Sebastian conseguiu manter a ponta. É gente diferenciada, esse rapaz.

Grande prova fez Button, por ter largado muito mal. Caiu para décimo, mudou a estratégia para três paradas, chegou em terceiro. Quando precisa, Jenson guia de forma muito delicada e sofisticada, cuidando dos pneus. Fez isso hoje, levou um trofeuzinho para casa.

Grande prova fez Hamilton, sempre combativo e veloz. É o único que pode ameaçar Vettel neste ano. Não na luta pelo título, mas brigando por vitórias em uma ou outra corrida.

Grande Prova fez a Mercedes, especialmente Schumacher, que sabe como é importante largar bem na Espanha. De décimo para sexto na primeira volta, sexto no final. Não largou com pneus duros, como eu imaginava. Soube depois que como ele não fez volta de classificação, largou sem tempo, podia escolher. Escolheu o macio. E se deu bem. Rosberguinho chegou colado nele, em sétimo. Michael ainda está em forma. E hoje eu soube pelo Livio Oricchio, na rádio, que o alemão está em crise no casamento e perdeu grana em investimentos em Dubai. Babado forte, vamos apurar. Não é fácil passar dos 40…

Grande prova fez Heidfeld, de último para oitavo. É um excelente piloto, escolha acertadíssima da Renault para segurar a onda na ausência de Kubica.

Grande prova fizeram Pérez e Koba, o Mito. Os dois nos pontos, em nono e décimo com a Sauber.

Grande prova fazia a Lotus verde, que chegou a estar em oitavo e nono com Trulli e Kovalento! Foi só uma volta, mas foi legal.

E muitos foram mal, muitos. A Ferrari, como um todo. Com pneus duros, deu pena de Alonso. E mais ainda de Massa, que chegou a rodar sozinho, foi bisonhamente ultrapassado por Pérez e Heidfeld nas voltas finais (ambos com pneus macios) e acabou na brita, sob alegado problema de incoerência de câmbio.

Mal foi Maldonado, que largou entre os 10 e chegou em 15º.

Mal foi Barrichello, que mesmo com o câmbio incoerente trocado se arrastou nas últimas posições.

Mal foi Petrov, Sibéria nele. Largou em sexto e chegou em 11º.

Mal foi Webber, claro, que com o carro que tem não pode largar na pole e terminar em quarto.

Desde 2000, quando Hakkinen venceu a partir do segundo lugar no grid, que o pole-position vencia todas na pista catalã. A sequência foi quebrada hoje por Vettel, que abriu 41 pontos na classificação para Hamilton, o vice-líder. Foi a 11ª vitória, salvo engano, de um carro de Adrian Newey em Barcelona. A corrida teve 77 pit stops.

Semana que vem tem mais, em Mônaco. E vou ficar esperando por algum contato de Gola Profonda de tarde. As coisas não devem estar lá muito calmas pelos lados da Ferrari.