Blog do Flavio Gomes
DKW & cia.

SMOKE IN POÇOS (2)

POÇOS DE CALDAS (recorde à vista) – Eram mais de 60 carros agora pela manhã, e a previsão de 100 deve se confirmar até o fim da tarde. Ontem à noite chegaram os dois TTS que a Audi mandou sob minha custódia e, ao lado de Pumas e Malzonis, eles mostram bem o que é […]

POÇOS DE CALDAS (recorde à vista) – Eram mais de 60 carros agora pela manhã, e a previsão de 100 deve se confirmar até o fim da tarde. Ontem à noite chegaram os dois TTS que a Audi mandou sob minha custódia e, ao lado de Pumas e Malzonis, eles mostram bem o que é a trajetória da marca. Ou das marcas, das quatro argolas. Legal a Audi participar. É uma mudança de rumo da marca no Brasil, tão vilipendiada sob a distorcida visão de mercado e de história que a família Senna, sua primeira importadora, impos até sair do negócio. (Caiu o acento de “impôs”?) Ouvi cada história aqui, ontem, de um amigão que trabalhou na Audi na época, que dá até medo…

Mas falemos dos DKWs. Publiquei um álbum de fotos no facebook com algumas imagens de hoje pela manhã. Pincei uma ao acaso, do 57 alemão com a placa do II Rallye Poços de Caldas, de 1961. 50 anos atrás o pai do dono do 57 disputou um rali por estas bandas com DKW. Veio até a taça. Está tudo exposto no estacionamento do hotel Palace, sob as vistas da suíte de Getúlio Vargas. Este hotel é bárbaro. Os telefones são de baquelite, de disco.

Chegou o pessoal do Sul, o Faísca e sua trupe, que vêm de motorhome. O motor de 6 cilindros em linha acaba de roncar. Já apareceu aqui outro dia, lembram? Foi um espanto.

Da turma que veio comigo ontem, o Puma acabou travando o motor na chegada a Poços. Rebocado pelo 64, já está com motor novo, que veio de Limeira trazido por um 67 vinho. Esse bando de doistempistas é assim. Não tem ninguém que morre órfão. Ontem demos boas risadas com a história da perua Wartburg 64 que veio rodando de Brasília e teve 21 quebras, um recorde. Na verdade, não foram quebras propriamente ditas. Fosse assim, ela não chegaria. “Foram 21 aulas de mecânica a céu aberto”, gargalhou o dono da Wartburg 64. Na dúvida, vai voltar de carona na cegonha de BSB. Tem um lugar vago.

Estamos esperando o Malzoni de chapa, que deve chegar do Rio hoje à tarde. Será a grande atração deste Blue Cloud, a primeira aparição pública do carro que Marinho guiou e deu origem à linhagem dos Malzoni e Puma de fibra. Também já falamos desse carro aqui.

Crispim está lá embaixo, circulando entre os vemagueiros e contando histórias inacreditáveis dos tempos da Vemag nas pistas. Bird chega hoje. O Vigilante Rodoviário está aqui. Sua Simca é a única exceção quatro tempos do evento. Está legal a festa. Este ano, vamos homenagear todos os carros 61 que vierem, pelo seu cinquentenário. O tema central do BC de 2012 já está definido: 50 anos do lançamento do Fissore, no Salão do Automóvel de 1962 (embora o carro só tenha entrado em produção em 1964).

Ainda não sabemos onde será o próximo encontro. Como já contei aqui, o BC é um evento desvinculado de clubes, entidades, associações ou federações. É um evento anaquista, que prova que é possível fazer as coisas sem amarras e frescuras, via internet, saindo do mundo virtual para o real, que é bem mais interessante. Mais tarde a gente senta, toma umas cervejas e umas caipirinhas e escolhe um ponto deste Brasilzão para encher de fumaça no ano que vem.