Blog do Flavio Gomes
F-1

ITÁLICAS (4)

SÃO PAULO (passeio) – Cheia de números, essa corrida. Vamos a eles, para não esquecer nada. Vettel chegou à oitava vitória no ano, 18ª na carreira. Empatou com o Raikkonen. Alonso chegou ao 70º pódio e a Ferrari acumula 650. El Fodón agora tem 1.001 pontos na F-1 e só perde para Schumacher, 1.493. São […]

SÃO PAULO (passeio) – Cheia de números, essa corrida. Vamos a eles, para não esquecer nada.

Vettel chegou à oitava vitória no ano, 18ª na carreira. Empatou com o Raikkonen.

Alonso chegou ao 70º pódio e a Ferrari acumula 650. El Fodón agora tem 1.001 pontos na F-1 e só perde para Schumacher, 1.493. São os dois milionários da categoria. Mas essa estatística de pontos perdeu peso e importância por conta das mudanças de regulamento. Hoje os caras dão 25 pontos para o vencedor. Em priscas eras, eram 9 ou 10. Fica só a curiosidade.

Bruno Senna tornou-se o 318º a pontuar na história. Sabe falar 318º por extenso? “Trezêntino-e-dezôitimo”.

Vettel abriu 112 pontos para o novo vice-líder, Alonsito. Isso significa que ele pode fechar a disputa matematicamente em Cingapura. Basta sair de lá 125 pontos à frente do segundo colocado. Não é tão fácil, considerando que todos seus perseguidores (eufemismo desnecessário) têm pontuado com frequência.

A coisa se resolve no Japão, na opinião deste humilde blogueiro. E que seja assim. Pelo menos é um palco apropriado.

E mais algo significativo, notado por um blogueiro: os cinco primeiros colocados na prova foram os cinco campeões mundiais em atividade. A eles: Vettel (2010), Button (2009), Alonso (2005/2006), Hamilton (2008) e Schumacher (1994/1995/2000/2001/2002/2003/2004).

Falemos deste GP mônzico, agora. Se tivesse de eleger dois nomes, o primeiro seria Alguersuari. Afinal, o cabra largou em 18º (“dezôitimo”) e chegou em sétimo. Muito bem. E o outro seria Schumacher. Que ficou em quinto, mas fez uma baita largada e ofereceu ao público os melhores momentos da corrida, nas duas brigas de dezenas de voltas com Hamilton, com direito a ser passado e passar de novo, um show de pilotagem e sangue-frio. Acabou sendo superado, mas mostrou, de novo, que é tão competitivo quanto qualquer fedelho com quem vem disputando posições. Aliás, ele passou quatro na largada. Segundo a Mercedes, Schumacher ganhou 35 posições em primeiras voltas neste ano. Vai ser uma crueldade do destino se Michael não levar um trofeuzinho para casa neste ano.

Vettel dominou praticamente de ponta a ponta. Há pouco a dizer sobre a prova do rapaz. Na largada Alonso saiu não se sabe bem de onde e assumiu a liderança, mas logo que saiu o safety-car acionado pelo rebosteio de Liuzzi, Tiãozinho foi para cima, fez uma linda ultrapassagem e desapareceu. Só foi visto de novo chorando no pódio. Ficou emocionado porque foi lá que tudo começou em remotas épocas (2008; moleque desgraçado), primeira vitória, e tal. É um monstrinho, esse moço.

Alonso fez, de novo, mais do que podia. A Ferrari lhe deve um carro. Button foi preciso como sempre, segundo. Hamilton vai sonhar com um alemão idoso lhe dando bengaladas. Webber podia pedir para sair, porque a cagada que fez hoje foi daquelas imperdoáveis. Menos pelo toque em Massa, acontece, mas por bater sozinho quando ia para os boxes trocar o bico. Felipe cumpriu sua triste sina de 2011, de andar sozinho, chegar lá atrás, longe das glórias, dos sorrisos e dos tapinhas nas costas.

Foi boa, a corrida. Nada de excepcional, tirando os duelos Hamilton x Schumacher, mas boa.

E do Bruno Senna falo no próximo post. Preciso de um café.