Blog do Flavio Gomes
Motoland

SWIAN, 23

SÃO PAULO – A morte de Swian Zanoni, 23 anos, domingo, deixa o esporte a motor de luto e abre novas discussões sobre eventos motorizados pelo país. Ele era a maior revelação brasileira do motocross nos últimos tempos e tomou um tombo numa apresentação na pequena cidade mineira de Orizânia. Tem muita gente reclamando que […]

SÃO PAULO – A morte de Swian Zanoni, 23 anos, domingo, deixa o esporte a motor de luto e abre novas discussões sobre eventos motorizados pelo país.

Ele era a maior revelação brasileira do motocross nos últimos tempos e tomou um tombo numa apresentação na pequena cidade mineira de Orizânia. Tem muita gente reclamando que a pista não era homologada, que as provas que seriam disputadas não tinham chancela da CBM (ele não iria correr, apenas dar uns saltos), nessas horas procuram-se culpados como se fosse possível trazer a vítima de volta.

Não tenho elementos para julgar se havia segurança ou não, se o atendimento foi correto, se alguém falhou, se poderia ser salvo. Era apenas uma exibição, e desconfio que se a pista fosse homologada não faria muita diferença. A CBM não é muito diferente da CBA. São duas porcarias de confederações, despreparadas e fajutas. Acidentes de moto acontecem aos montes em Interlagos, por exemplo. Corre-se de motocicleta em kartódromos (já vi dessas provas naquela pista de Itu, por exemplo), em tudo quanto é canto. Não sei o que a CBM faz de importante além de ter seus dirigentes envolvidos em escândalos internos e quebrando o pau o tempo todo.

A morte de Swian, pelas imagens que vi, não tem nada a ver com homologações ou confederações. Foi um tombo besta e uma queda infeliz. Fatalidade é a palavra que mais tem sido usada para descrever o que aconteceu. Tristeza, eu acrescentaria. Tristeza enorme.