Blog do Flavio Gomes
F-1

ARÁBICAS (4)

SÃO PAULO (zangadinhos) – Bom, podia ser pior. Foi, certamente, melhor do que se esperava. Mas, também, não foi uma brastemp. Estou falando da vitória da Portuguesa ontem contra o Vila Nova. Só 3 a 1. Da corrida de Abu Dhabi, bem… Podia ser pior, foi melhor do que se esperava, mas não foi uma […]

SÃO PAULO (zangadinhos) – Bom, podia ser pior. Foi, certamente, melhor do que se esperava. Mas, também, não foi uma brastemp.

Estou falando da vitória da Portuguesa ontem contra o Vila Nova. Só 3 a 1.

Da corrida de Abu Dhabi, bem… Podia ser pior, foi melhor do que se esperava, mas não foi uma brastemp, também. Foi apenas boazinha. A asa móvel em duas retas ajudou. Neguinho passava, tomava na volta. Foi divertido.

Hamilton ganhou, o que foi legal para ele, vivendo há alguns meses num certo inferno astral mais duradouro e persistente do que o desejável. Três vitórias no ano, 17 na carreira. Três num ano em que teve tantos problemas pessoais não chega a ser ruim. E, no fim das contas, a corrida fez justiça à equipe que andou mais forte no fim de semana, a McLaren, com Button em terceiro e praticamente assegurando o vice.

Alonsito terminou em segundo, resultado que deve à ultrapassagem decidida sobre Button na primeira volta. Primeira volta que tirou Vettel da corrida, com um problema esquisito no pneu, logo na segunda curva. Como seu parceiro marsupial terminou em quarto com uma excêntrica estratégia de três paradas, pela primeira vez no ano nenhum piloto da Red Bull compareceu ao pódio para levar um troféu para casa. Crise.

Massa foi o quinto. Se não me engano, pela quinta vez no ano. O quinto dos infernos. Hoje, dava para chegar em quarto, não fosse a rodada sozinho no final que facilitou as coisas para Webber voltar dos boxes após o pit stop na última volta à sua frente. Segue muito mal, o Felipe. E terá a chance derradeira de salvar o ano com uma atuação espetacular em Interlagos — algo que, a esta altura do campeonato, ninguém acredita que vá acontecer. Mas ele está precisando, e muito. Para recuperar a autoconfiança que anda muito abalada e entrar em 2012 com alguma chance de fazer uma temporada boa o bastante que lhe garanta a permanência em Maranello. O que também está bem difícil.

Zona de pontos fechada com Rosberguito, Schumaquito, Sutil, Resta Um e Koba-Mito. O japa marcou um ponto importantíssimo para a Sauber na briga com a Toro Rosso por mais verba no ano que vem. E os forceíndicos estão tendo uma segunda metade de temporada digna de elogios. Depois vou fazer as contas para ver quantos pontos eles marcaram nesse período. Mais que a Renault, certamente.

Falando nela, a Renault, é bom que o primeiro-sobrinho se aprume. Depois das duas boas corridas em Spa e Monza, mais nada. Ele precisa convencer alguns caras na equipe de que vale a pena investir no seu passe em 2012. Hoje fez mais uma corrida muito apagada, tomou drive-through, largou mal, fez pit stop extra na primeira volta, sei lá. Terminou na frente apenas das nanicas. E Barichello, ao contrário, fez uma corrida forte, largou em último e chegou em 12°, andou na zona de pontos, fez o que pôde. Da mesma forma que Bruno, Rubens tem de convencer alguém de que vale a pena investir nele. Qualquer alguém. Pelo que andou hoje, ficou claro que a vontade de continuar é enorme. Precisa ver se alguém mais notou.

E é isso, né? Algo mais? Ah, Vettel não pode mais igualar o recorde de vitórias na mesma temporada, as 13 de Schumacher em 2004. Não creio que vá perder o sono por isso.