Blog do Flavio Gomes
F-1

F2012

SÃO PAULO (afemaria) – Quem achava que era só a Caterham que iria fazer aquela tosqueira de degrau no bico pode começar a rever seus conceitos. Sem a presença da imprensa, porque uma nevasca praticamente isolou a região de Maranello, a Ferrari apresentou pela internet a F2012 agora pela manhã. O nome não causou espanto. […]

SÃO PAULO (afemaria) – Quem achava que era só a Caterham que iria fazer aquela tosqueira de degrau no bico pode começar a rever seus conceitos. Sem a presença da imprensa, porque uma nevasca praticamente isolou a região de Maranello, a Ferrari apresentou pela internet a F2012 agora pela manhã. O nome não causou espanto. A equipe, que a cada temporada se esmera em inventar denominações esdrúxulas para seus carros (ano passado foi a 150° Italia, lembram?), optou pelo F de sempre mais o Ano da Graça de Nosso Senhor, talvez prevendo que se o mundo acabar mesmo em dezembro, os arqueólogos da nova civilização precisarão de alguma referência para determinar quanto tempo durou a nossa.

E se o nome cairá no esquecimento como quase todos os nomes codificados de carros de F-1, o mesmo não se pode dizer da feiura. Vejam lá o degrau no bico. Idêntico ao da Caterham e ao da Force India, que virá no próximo post. Será possível que engenheiros de equipes diferentes em locais distantes tenham exatamente as mesmas ideias? Não haveria, por aí, um certo pool de desenhistas para que ninguém passe vergonha sozinho? Uma sociedade secreta que se reúne num cemitério em Praga para confrontar rascunhos e decidir, em conjunto, por soluções esdrúxulas que levem a crer que são todos igualmente geniais?

Bem, aí está a F2012. Que tem também uma entrada de ar dupla sobre a cabeça do indigitado que vai dirigi-la, além de defletores laterais que parecem ter sido feitos sob medida para inserir o cocozinho do logotipo mais feio de todos os tempos, do banco Santander.