Blog do Flavio Gomes
#69

SABADÃO DO MEIANOV

SÃO PAULO (como demora…) – Senhoras e senhores, blogueiros e blogueiras, meu carro foi vítima de terrível sabotagem ontem, sábado, na segunda etapa da Classic Cup. Zebras malditas! Aí está um vídeo do que foi minha corrida. Voltei a usar a câmera on-board, por força de patrocínios. Sabem como é, piloto pagante precisa dar retorno. […]

SÃO PAULO (como demora…) – Senhoras e senhores, blogueiros e blogueiras, meu carro foi vítima de terrível sabotagem ontem, sábado, na segunda etapa da Classic Cup. Zebras malditas!

Aí está um vídeo do que foi minha corrida. Voltei a usar a câmera on-board, por força de patrocínios. Sabem como é, piloto pagante precisa dar retorno. Preciso comprar outra GoPro dessas, HD e com som bom. Mas por enquanto vamos com a antiguinha.

Notem no início mais uma largada fenomenal do Meianov, graças a uma inata habilidade que tenho de antever o apagar de luzes vermelhas milésimos de segundos antes que todos os outros. É quase um dom mediúnico. Fui caluniado mais uma vez pelo opaco Rogério Tranjan de ter queimado a largada, algo que meu advogado Paulinho Bebê certamente percebeu e tomará as devidas providências.

Como sempre, as duas primeiras voltas foram divertidas graças à largada, e depois entrei numa briga de foice no escuro com o Mauro do Karmann-Ghia branco, o segundo carro mais bonito da categoria. Nosso grid estava magro, mas como conseguimos redução nas inscrições, deveremos ter mais de 20 largando na próxima etapa.

O Nenê Finotti largou na pole com o Corcel Pac Man que eu acertei em Londrina há três anos e meio. Ganharia a corrida não fosse um problema no trambulador no final. Assim, quem venceu na geral foi Adriano Xupisco Lubisol, do Chevette branco que aparece imediatamente na minha frente na largada — o que prova que eu poderia ter lutado pela vitória, não fosse a sabotagem relatada no início. Aqui tem um monte de fotos da corrida de hoje feitas pelo nosso lambe-lambe predileto, Rodrigo Ruiz. Uma delas mostra o Meianov passando em sexto no S do Senna. Eu estava em 12° no grid. Um espanto.

No vídeo aí em cima, na parte final, vocês verão o que aconteceu. A bandeja da suspensão dianteira direita quebrou na reta quando eu estava a 233 km/h segundo a telemetria. O volante deu uma chicotada que poderia arrancar meus dois braços. Felizmente não bati em nada. Acho que abri uma fenda no asfalto, porém. Minha equipe divulgou release dizendo que a quebra se deu “porque o piloto atacou as zebras de forma pouco usual”. Tendo a concordar. Na verdade, do jeito que ando guiando, não sei como não quebrou antes.

No fim das contas ainda fiquei com o segundo lugar na minha categoria. Não sei que tempos de volta virei. A pista estava muito oleosa. Sei que esse carro dá trabalho. Para dirigir e para consertar.