Blog do Flavio Gomes
#69

2’14″063

  SÃO PAULO (sono monstro) – A boa notícia: o Meianov fez hoje a melhor volta de sua gloriosa história, 2min14s063 com a assombrosa média de 115,710 km/h na classificação. O que me deu o 21° lugar num grid de 23 carros. Ou seja: está meio difícil ser competitivo com essa turma da Classic Cup. […]

 

SÃO PAULO (sono monstro) – A boa notícia: o Meianov fez hoje a melhor volta de sua gloriosa história, 2min14s063 com a assombrosa média de 115,710 km/h na classificação. O que me deu o 21° lugar num grid de 23 carros. Ou seja: está meio difícil ser competitivo com essa turma da Classic Cup. Minha meta de virar 2min10s para andar no meio do pelotão já era. Meio do pelotão hoje em dia é 2min06s.

O Cirello, imbatível, fez a pole com 2min00s728 de Puma a ar, do Della Barba, apesar de eu tê-lo atrapalhado numa volta. Acontece. Atrás de mim, no grid, um Opala estreante, de Eduardo Carreiro, e o Puma amarelo do Aroldo Teixeira, que voltou a correr.

Fiz uma largada interessante, e segundo o Lito Cavalcante, que assistiu à corrida, passei em 12° na primeira volta. Não lembro direito, porque não fiquei contando quantos carros estavam na minha frente. E de divertido, mesmo, só o comecinho. Depois, como de costume, os ultrapassados me ultrapassaram. Terminei bem, até, em 14°, uma volta apenas atrás do Cirello. De tarde a pista estava mais lenta. A melhor volta dele foi em 2min03s029.  A minha, 2min16s710. O Maverick do André Carrillo foi o segundo e o Puma verde-malanga do Paulo Sousa, que fez sua primeira prova com esse carro, terminou em terceiro na geral. Na minha categoria, fui o quarto. Mas foi muito chato, a corrida toda sozinho. Puta saco.

Mais legal foi a tentativa de participar da prova da F-Vee. Tentativa, porque quebrou meu motor. Foi assim. O Joca, que vem a ser o Bernie Ecclestone da categoria, chegou no box lá pelas 9h30 e me avisou que tinha um carro sobrando. E não era qualquer um. Era o carro que detinha o recorde de Interlagos para a Vee. Isso até hoje. Mas já falo do recorde.

Me ofereceram a baratinha e topei. Nunca tinha nem sentado no monoposto desse campeonato que entra forte em seu segundo ano, com grids cada vez maiores. Hoje foram 19 — 18, na verdade, porque acabei não largando. O pessoal da TJ foi muito atencioso, os mecânicos liderados pelo Thomas acertaram meus pedais, colocaram uma espuminha no banco, e fui direto para a classificação. Dei uma volta em 2min14s329, rodei na segunda, fiz 2min13s822 na terceira e na quarta começou a falhar e fumaçar, e parei. O motorzinho, infelizmente, estava com vazamento de óleo. Aconteceu alguma coisa que não daria para arrumar até a hora da largada e lá se foi a estreia para o vinagre.

Minha experiência, pois, limitou-se a essas quatro voltas. Largaria em 15° com o tempo que fiz, que não é lá muito signficativo pelo pouco tempo de pista. O Rodrigo Rosset fez a pole com 2min05s444. Este, agora, o novo recorde. Ele ganhou a prova, também.

Mas deu para ficar com vontade de mais. Calculo que se tivesse feito a classificação toda, daria para virar na casa de 2min09s, talvez um pouco menos. Seria o suficiente para largar no bolo e me divertir. Aliás, o Vee é muito isso, mesmo: divertido. Tem um chão ótimo, freia muito (é leve, o que ajuda), perdoa erros, é bem gostoso. Dei azar com o motor quebrado, mas não faz mal. Na próxima etapa, dia 22 deste mês, se pingar na área eu chuto para o gol. A categoria é barata e acessível. E as corridas são deliciosas, com muitas brigas e trocas de posições. Curti muito, apesar da brevidade, e agradeço ao Joca e ao Zullino pela chance. Vamos tentar de novo.

Ah, as fotos acima são do Dyonysyo Pyerotty. E apenas para que fique nos anais, registremos que terminei a corrida da Classic Cup uma posição atrás do falastrão Rogério Tranjan e seu Trovão Anil, que tem pedaleiras de molibdênio e freios de carbono 14.