Blog do Flavio Gomes
F-1

HISPÂNICAS (7)

SÃO PAULO (e basta) – Cinco corridas, cinco pilotos, cinco equipes diferentes no degrau mais alto do pódio. Isso não acontecia desde 1983. É o melhor campeonato dos últimos anos, talvez de todos os tempos, adoro falar que alguma coisa é a melhor de todos os tempos. McLaren, Ferrari, Mercedes, Red Bull e Williams já […]

SÃO PAULO (e basta) – Cinco corridas, cinco pilotos, cinco equipes diferentes no degrau mais alto do pódio. Isso não acontecia desde 1983.

É o melhor campeonato dos últimos anos, talvez de todos os tempos, adoro falar que alguma coisa é a melhor de todos os tempos. McLaren, Ferrari, Mercedes, Red Bull e Williams já venceram. A Lotus vai ganhar também e, com alguma sorte, a Sauber. E por que não imaginar uma corrida maluca qualquer, e aí aparece uma Force India, ou uma Toro Rosso?

Dá para acontecer tudo neste ano, todos têm o direito de sonhar, e por isso pontinho nenhum pode ser desprezado por aqueles que lutam pelo título. Assim, disputas até o último centímetro da última volta, mesmo que por posições não tão espetaculares, serão frequentes. O que impede que os caras se acomodem, que busquem alguma coisa, que lutem mais, o que melhora as corridas de cabo a rabo.

Vejam a classificação: Vettel e Alonso 61, Hamilton 53, Kimi 49, Webber 48, Button 45, Rosberguinho 41. São 20 pontos do primeiro ao sétimo. Dá para descartar alguém? Dá para cravar suas fichas em um só? Aliás, Maldonado pagou hoje 300/1 nas casas de apostas de Londres, li em algum lugar. Demais, não?

Desses, Hamilton, Raikkonen e Webber ainda não venceram no ano. Vão fazê-lo, claro, o que vai embolar ainda mais a disputa. E esse sobe-desce nos proporcionou, também, um pódio com Lotus, Williams e Ferrari, três equipes históricas, ainda que essa Lotus seja meio paraguaia. Era algo distante e pouco provável de se repetir. A última vez em que esses três times levaram troféus no mesmo dia foi em 1987, em Mônaco, com Senna, Piquet e Alboreto. Legal demais isso.

A Venezuela tornou-se o 21° país a ter um piloto vencedor de GP na F-1. Maldonado só teve dois conterrâneos na categoria, antes. Um certo Ettore Chimeri, em 1960, na verdade italiano de nascimento, e Johnny Ceccoto, nos anos 80, um motoqueiro que conseguiu um sexto lugar em Long Beach em 1983 e isso foi tudo.

A próxima é em Mônaco. Kimi anda bem lá. Seis corridas, seis pilotos, seis equipes diferentes… Quem sabe?