Blog do Flavio Gomes
Automobilismo internacional

IS JUST WAITING (14)

LE MANS (bonjour) – Falta uma hora e meia para terminar. Quando faltavam três, dois áudicos gastaram suas cotas de cagadas do ano. Gené bateu o ultra #3 que estava em quarto e McNish estampou o e-tron #2 que estava escoltando o #1 e, suponho, iria vencer porque é o time dos velhinhos, com Capello […]

LE MANS (bonjour) – Falta uma hora e meia para terminar. Quando faltavam três, dois áudicos gastaram suas cotas de cagadas do ano. Gené bateu o ultra #3 que estava em quarto e McNish estampou o e-tron #2 que estava escoltando o #1 e, suponho, iria vencer porque é o time dos velhinhos, com Capello e Kristensen. Dindo vai se aposentar neste ano, seria uma boa homenagem. E no ano passado quem ganhou foi o trio dos mais novinhos. Vamos revezar isso aí.

Mas ambos se desconcentraram e quase afundaram a única ambição possível da Audi desde o abandono da Toyota, ontem à noite: fazer uma quadra. Que não seria inédita. Me informa o cara que mais entende desse negócio no mundo, Rodrigo Mattar, que a Jaguar fez quadra em 1957 e a Porsche também, em 1979. E em 1985 foram cinco Porsches nas cinco primeiras posições.

Aí que Gené voltou para os boxes com o carro do mesmo jeito que Dumas tinha entregado ontem, todo estropiado. Mas o trabalho de box dessa gente é inacreditável. Os mecas trocam o carro todo em dez minutos. Se bobear, fazem uma lobotomia no piloto. A sorte dos tedescos foi que o espanhol conseguiu levar o carro até a garagem. Caso contrário, tchau.

A batida de McNish foi mais leve e ele não perdeu tanto tempo assim. Mas não sei se chega para ganhar. Também não sei se Gené chega no Jani, da Rebellion, com o Lola-Toyota #12. Precisa tirar duas voltas e o suíço está enfiando o pé na jaca. Lá na frente, o e-tron #1 está só administrando, bem mais lento, enquanto McMish acelera feito um desesperado, virando na casa de 3min24s. Essa turma gosta de correr riscos.

Em todo caso, é bom ficar atento. O que falta para acabar a corrida é o equivalente a um GP de F-1. Num GP de F-1 acontece muita coisa. Aqui também.

Abaixo, foto dos alienígenas da Corollândia tentando arrumar o #7 de Wurz, Lapierre e Nakajima, o assassino de foguetinhos. Davidson, que estava no #8 quando o coxinha Perazzini o mandou para os ares, fraturou duas vértebras, a T11 e a T12. Não sei bem se elas são mais importantes que a T5 e a T6, mas sei que ele vai ficar no hospital até amanhã e a recuperação está estimada em três meses. Assim que ele puder andar direitinho, acho que vai procurar o endereço do Perazzini no Google para picá-lo em pedacinhos, que nem aquela moça fez com o marido.