Blog do Flavio Gomes
F-1

BUDAS & PESTES (3)

SÃO PAULO (Sarah linda, Kitadai lindo!) – Como falar de um treino de F-1 num dia em que o judô brasileiro emociona tanto? Um menino e uma menina do Bolsa Atleta, uma do Piauí, outro de São Paulo, um ouro, o primeiro no judô feminino, o primeiro ouro do judô desde 1992, sem holofotes, sem […]

SÃO PAULO (Sarah linda, Kitadai lindo!) – Como falar de um treino de F-1 num dia em que o judô brasileiro emociona tanto? Um menino e uma menina do Bolsa Atleta, uma do Piauí, outro de São Paulo, um ouro, o primeiro no judô feminino, o primeiro ouro do judô desde 1992, sem holofotes, sem frescuras, sem afetação, só trabalho, treino e dedicação.

Esporte é demais. Queria estar em Londres. Nunca vou me esquecer de Pequim. Nunca me esqueceria de Londres, também. Mas não se pode ter tudo, paciência.

Bom, na Hungria foi o seguinte. Sol e calor, Hamilton debulhando desde o começo, grande favorito à vitória. Fez a pole com sobras, 0s413 sobre Grosjean, a surpresa em segundo. Foi a 22ª pole de sua carreira. Isso alguns dias depois de levar dez meninas para um quarto de hotel para uma suruba de respeito. Muito ídolo. E foi a 150ª pole da história da McLaren.

Vettel larga em terceiro, com Button em quarto. Dois carros da McLaren nas duas primeiras filas, é óbvio que os prateados reagiram. Seria muito bom para o campeonato uma vitória de Lewis. E um azar de Alonso também ajudaria, porque aí o inglês se animaria nesta segunda metade do campeonato. Ele ficou muito para trás nos pontos depois do Canadá, de onde saiu líder. Agora, está 62 pontos atrás. Quem sabe o jogo pode virar? Acho difícil, mas sei lá.

Quem não anda bem das pernas é a Red Bull, muito irregular neste ano. Webber, o vice-líder, não passou do Q2. Larga em 11°. “Não sei o que aconteceu, não entendemos nada, estamos no escuro, a vida é um mistério, há enigmas por todos os lados, a compreensão é frágil, de onde viemos, para onde vamos?”, declarou o australiano. Mesmo Tiãozinho, bem no grid, foi mal no cronômetro. Levou 0s463 de Hamilton.

Bem, sigamos. Raikkonen em quinto e Alonso em sexto. Kimi decepcionou. A Lotus precisa melhorar em classificação. OK, Grosjean foi segundo, mas ele faz muita bobagem em largadas, não dá para confiar demais. O finlandês, esse sim é confiável. Completou todas as voltas da temporada até agora. 100%. Não bateu, não quebrou, não pisou fora da linha. Mas precisa largar mais para a frente, para sonhar com aqueles troféus mais bonitos que a gente recebe quando ganha uma corrida. Alonso vai para somar pontinhos e seguir na sua caminhada rumo ao título. Não deve ter grandes pretensões de vitória. A Ferrari está bem, mas não exuberante em Budapeste.

Quarta fila com Massa e Maldonado. Felipe tem sido consistente neste fim de semana. Precisa pontuar de qualquer jeito. Pastor não surpreendeu, é um piloto rápido em classificações, mas tem de parar de bater nos outros em corrida. Mais um que precisa desesperadamente de pontos, para não ficar a impressão de que foi andorinha de um verão só. Adaptei o ditado.

E fechando os dez primeiros, Senna-sobrinho em nono e Hülkenberg em décimo. Foi a primeira vez que Bruno passou ao Q3 no ano, e foi com estilo, com uma volta dificílima no fim do Q2, a segunda dos pneus macios. Mais um que tem de fugir de encrenca na primeira volta.

O Q2, aliás, foi a melhor parte do treino, com apenas 0s8 separando o primeiro do 14°. Além de Webber, dançaram Di Resta, Rosberguinho, Pérez, Kobayashi, Vergne e Schumacher. Péssimo sábado da Mercedes e da Sauber, pois. Vexame total. E no Q1, ficaram os seis nanicos e Ricciardo, de uma Toro Rosso cada vez mais perto de voltar a ser nanica do que de se tornar média para valer.

Ganha Hamilton e pronto. Agora vamos voltar a Londres, que está mais interessante.