Blog do Flavio Gomes
F-1

NO DIVÃ

SÃO PAULO (mistério) – Ótima entrevista da repórter Vanessa Ruiz com Felipe Massa foi às bancas hoje na Revista ESPN. Entre outras coisas, o brasileiro conta que foi até fazer terapia para entender o que acontecia com ele no início da temporada. Massa fala também de parte da mídia brasileira que, em sua opinião, torce […]

SÃO PAULO (mistério) – Ótima entrevista da repórter Vanessa Ruiz com Felipe Massa foi às bancas hoje na Revista ESPN. Entre outras coisas, o brasileiro conta que foi até fazer terapia para entender o que acontecia com ele no início da temporada.

Massa fala também de parte da mídia brasileira que, em sua opinião, torce contra. Calcula que 99% da imprensa tem tal comportamento. Nunca sei de onde atletas tiram esses números quando estão putos com a imprensa, mas não é muito relevante o que diz Felipe dos escribas & similares de seu país. Jornalista não tem de torcer nem contra, nem a favor. E, por aqui, jornalismo esportivo de verdade é algo que se faz em poucos lugares. Na maioria das mídias, ou pelo menos naquelas que atingem a maior parte do leitorado/audiência, virou circo, bufê infantil, torcida organizada, promoção de eventos.

O que é relevante é que Felipe entendeu que estava passando por dificuldades e foi procurar ajuda. Não sei se o terapeuta lhe apertou uns parafusos, nem mesmo se continua fazendo terapia, mas o fato é que ele melhorou muito nas últimas quatro corridas, fazendo 21 de seus 23 pontos nesse período.

Praticamente demitido, aí sim, pela imprensa do mundo todo antes da primeira corrida europeia da temporada, o brasileiro tem uma enorme chance de ficar mais um tempo na Ferrari. A equipe, como se viu ao sondar Webber, não quer nenhum moleque para já — leia-se Pérez, que eu considero uma ótima opção. Sendo assim, é só Massa emendar uma série de provas nos pontos, que está tudo resolvido. Para, num segundo momento, tentar voltar a fazer isso que fez aí embaixo, no GP do Japão de 2007. Muita gente não lembra, porque era apenas uma briga pelo sexto lugar em Fuji. O duelista era um monstro emergente, o pobre Kubica, que jamais veremos de novo num carro de F-1.