Blog do Flavio Gomes
Autódromos

RIP

SÃO PAULO (meio gay, esse tal de RIP…) – Jacarepaguá, em tese, recebe neste fim de semana a última de suas corridas. O COI já tomou conta do terreno, onde será construído um parque olímpico, ou coisa que o valha. Na foto, vê-se que parte das arquibancadas, decrépitas, está sendo desmontada, já. Antes que tudo […]

SÃO PAULO (meio gay, esse tal de RIP…) – Jacarepaguá, em tese, recebe neste fim de semana a última de suas corridas. O COI já tomou conta do terreno, onde será construído um parque olímpico, ou coisa que o valha. Na foto, vê-se que parte das arquibancadas, decrépitas, está sendo desmontada, já. Antes que tudo desabe.

A Stock corre lá domingo. O Márcio Fonseca, da MF2, mandou agora há pouco um texto contando que dos 30 pilotos ouvidos pela assessoria no Rio, 26 não acreditam que vai sair um autódromo em Deodoro.

A situação jurídica é a seguinte: a CBA tem um documento assinado pela Prefeitura, pelo presidente do mundo, por Inri Cristo e pelo papa Paulo VI garantindo que Jacarepaguá só será desativado quando outro autódromo ESTIVER PRONTO. E promete brigar na Justiça para fazer valer o tal documento. Mas a Olimpíada do Rio é em 2016 e o tal parque precisa ser construído. Não dá para esperar que um autódromo seja erguido. Isso, se acontecer, vai levar anos — até que sejam obtidas as licenças ambientais, até que um projeto de verdade seja feito, até que se arrume dinheiro, até que a área seja legalmente desapropriada e tal. Aliás, soube hoje que o velódromo de 14 milhões do Pan de 2007, uma das obras que mutilaram Jacarepaguá, não serve para os Jogos e será desmontado. É uma vergonha total.

Portanto, é bem possível que a prova da Stock represente, mesmo, a última do autódromo que já recebeu F-1, Indy e MotoGP. Corrida de categoria grande, por assim dizer. Mas ainda vai ter alguma coisinha até agosto, quando, ao que parece, começam as obras para valer. Do parque olímpico, não de Deodoro. Mas a corrida está sendo tratada como de despedida do histórico autódromo.

Receio que o automobilismo no Rio acabou, mesmo. Ao menos por enquanto. Esse novo circuito, só acredito vendo. Sei lá. Está todo mundo tão indiferente, cagging ans anding, que não acredito em mais nada. O André Buriti, do SOS Jacarepaguá, também não.