Blog do Flavio Gomes
F-1

TRI IN SAMPA (1)

SÃO PAULO (sol, 24 graus) – Hoje já é quarta-feira e receio que até o fim da semana apenas a F-1 terá espaço aqui. Assim, blogueiros-colaboradores, deixem para mandar suas fotos, dicas, links e tudo mais depois do GP do Brasil, combinado? Sem grandes ideias para titular as notas da corrida de Interlagos, cheguei a […]

SÃO PAULO (sol, 24 graus) – Hoje já é quarta-feira e receio que até o fim da semana apenas a F-1 terá espaço aqui. Assim, blogueiros-colaboradores, deixem para mandar suas fotos, dicas, links e tudo mais depois do GP do Brasil, combinado?

Sem grandes ideias para titular as notas da corrida de Interlagos, cheguei a este horrível “Tri in Sampa”. Nada jamais será melhor que a série de 2009, “Um chopps, 2 pastel”, lembram? Mas vai isso aí mesmo.

São Paulo decide um Mundial pela sexta vez. No Grande Prêmio, hoje, contamos todas elas. Em 2005 e 2006, foi Alonso, que saía do carro gritando “toma!”, o equivalente espanhol ao nosso popularíssimo “chupa!”. El Fodón, se bem me lembro, dirigia seu desabafo à imprensa espanhola, ou ao ETA, ou os catalães, não sei direito. Sei que berrava loucamente.

Em 2007, Raikkonen ganhou o título, saiu do carro, subiu no cockpit e antes mesmo de levantar os braços lembrou-se do que mais o estava incomodando naquele momento: as joelheiras. Só depois de abaixá-las até as canelas se deu o trabalho de comemorar por uns três ou quatro segundos. Se pudesse, apertaria um botão de teletransporte e cairia numa das suítes do Bahamas — que, salvo engano, ainda funcionava na época.

A final de 2008 foi a mais dramática da história da F-1 e uma das mais-mais de qualquer competição em todos os tempos. Massa venceu brilhantemente, mas tinha de esperar alguns segundos para festejar, porque Hamilton vinha babando na balaclava. Na última curva, passou Glock, que mal conseguia parar na pista molhada com pneus secos. Lewis conquistou o título num thriller irrepetível. Irrepetível existe? E a reação de Felipe à derrota foi das coisas mais dignas que já se viu no esporte — o elogio ao adversário, as lágrimas contidas de raiva, a cabeça erguida; legal demais.

Em 2009 também foi bonito. Button largou em 14°, com Barrichello tendo arriscado tudo no sábado para fazer a pole, apostando na chuva. Fez tudo direito, mas a chuva não veio e, em tempos de carro leve/carro pesado, estava mais leve que Webber, parou antes, perdeu a ponta e, no fim, ainda furou um pneu. Jenson terminou em quinto, era o que precisava para ser campeão. Fez uma corridaça. E aquela prova revelou Kobayashi ao mundo. Button ainda teria uma chance em Abu Dhabi, se fosse preciso, mas acabou resolvendo tudo por aqui mesmo.

Estaremos com time completo em Interlagos, como nos últimos anos. Eu, a partir de amanhã. Falta escolher o carro. Pensando seriamente em Gerd.