Blog do Flavio Gomes
F-1

MUSIQUINHA, 30

SÃO PAULO (tinha passado) – É possível que a própria Globo tenha esquecido, porque não vi nada neste fim de semana. Mas graças ao blogueiro Alan Roberto, a data não passará em branco aqui. No último dia 13, quarta-feira, fez 30 anos da primeira execução oficial do “Tema da Vitória”, “a musiquinha das manhãs de […]

SÃO PAULO (tinha passado) – É possível que a própria Globo tenha esquecido, porque não vi nada neste fim de semana. Mas graças ao blogueiro Alan Roberto, a data não passará em branco aqui. No último dia 13, quarta-feira, fez 30 anos da primeira execução oficial do “Tema da Vitória”, “a musiquinha das manhãs de domingo” que desde então passou a marcar as vitórias brasileiras na F-1.

Ela tocou pela primeira vez para Nelson Piquet no GP do Brasil de 1983 — portanto, meninos e meninas, esqueçam essa história de “musiquinha do Senna”; ela foi criada quando Ayrton sequer estava na F-1. E, na verdade, a ideia era utilizá-la apenas em corridas no Brasil, independentemente da nacionalidade do vencedor.

De qualquer forma, fiz umas contas aqui, não muito complicadas, para concluir que o “Tema da Vitória” (esse é o nome oficial, e não “Tã-tã-tã”, como imaginam alguns) tocou (ou deveria ter tocado) 79 vezes para brasileiros desde então, em 506 GPs disputados a partir daquela prova de Jacarepaguá. De lá para cá, foram 16 vitórias de Piquet, 41 de Senna, 11 de Barrichello e 11 de Massa. Mas pode ser que nem todos esses triunfos tenham sido contemplados com o “Tema”, já que há fontes que garantem que apenas em 1986 ele se tornou obrigatório para vitórias brasileiras. Sendo assim, algumas de Senna e de Piquet teriam sido conquistadas sem música alguma. Alguém me mandou por e-mail uma estatística que veio não sei de onde falando de 71 execuções verde-amarelas. E, possivelmente, duas “francesas” para Prost no Rio, em 1984 e 1985. Como estou com preguiça de procurar, se vocês quiserem ir atrás me avisem depois caso haja algum erro nesses números — que não têm a menor importância.

O maior “jejum musical”, em todo caso, se deu entre a última vitória de Senna (GP da Austrália de 1993) e a primeira de Barrichello (Alemanha 2000): 108 corridas sem os acordes compostos pelo maestro Eduardo Souto Neto. Atualmente, esse jejum já alcançou a marca de 63 GPs, desde a última vitória brasileira na categoria — Rubens em Monza, 2009.