Blog do Flavio Gomes
F-1

CANADIÈNNES (1)

SÃO PAULO (chuva e sol dá espanhol) – Sexta-feira típica em Montreal. O primeiro treino, com chuva no início, serviu para molhar macacões e Di Resta aparecer em primeiro, quando a pista já secava. Nenhuma grande conclusão. De tarde, foi diferente. No seco, Alonso e Hamilton duelaram pelos melhores tempos e o espanhol se deu […]

molson01SÃO PAULO (chuva e sol dá espanhol) – Sexta-feira típica em Montreal. O primeiro treino, com chuva no início, serviu para molhar macacões e Di Resta aparecer em primeiro, quando a pista já secava. Nenhuma grande conclusão.

De tarde, foi diferente. No seco, Alonso e Hamilton duelaram pelos melhores tempos e o espanhol se deu melhor por um pentelhésimo. O espanhol já ganhou lá uma vez, em 2006, com a Renault. O inglês faturou três: em 2007 (a primeira de sua carreira), 2010 e 2012. Tudo pela McLaren, que nas últimas sete edições da prova venceu cinco.

Não será assim neste ano, claro, a não ser que algo de muito excepcional aconteça. O que não é tão impossível assim, em se tratando de GP do Canadá. Pelos muros próximos, pelo clima às vezes traiçoeiro, pela quantidade de acidentes, por várias razões em Montreal de quando em quando pintam umas surpresas. Alboreto, Boutsen, Alesi e Kubica estão entre os pilotos que venceram essa prova quando neles ninguém apostava um dólar canadense furado.

A vitória de Alesi, única, aliás, foi das mais emocionantes de todos os tempos. O cara ralava feito um condenado na Ferrari e não ganhava nunca. Schumacher teve algum problema, não lembro qual, câmbio, acho, e ele assumiu a liderança. Depois da corrida, contou que começou imediatamente a chorar quando viu que iria vencer. E que nas freadas as lágrimas espirravam na viseira.

Não sei se foi apenas uma figura de linguagem, mas seja como for, o capacete com as lágrimas e tudo foi atirado para a torcida na arquibancada. E o pódio foi fechado por Barrichello e Irvine, a dupla da Jordan.

Se amanhã estiver seco, Hamilton e Alonso brigam pela pole, mas ninguém deve esquecer a Red Bull, que sempre dá uma de joão-sem-braço às sextas. Pneus não serão um problema. Não na pista. Mas fora, estão sendo para a Mercedes, que vai ter de se explicar nos tribunais por ter usado um carro de 2013 nos testes da Pirelli.

Deveremos ter novidades sobre o assunto hoje na entrevista coletiva obrigatória, que tem Ross Brawn na escala e Paul Hembrey, orientado por advogados, fora da mesa. Fiquem ligados no Grande Prêmio, pois.