SÃO PAULO (nóis é nóis) – Olhando assim, essa foto pode não emocionar demais. DKWs são comuns neste blog, afinal de contas. E esses dois não estão especialmente espetaculares. Um bom Fissore, sem dúvida, e um bom Belcar 67, claro. Mas temos carros melhores por aqui, restaurados com perfeição, coisa de museu.
E é exatamente o que esses dois vão virar: carros de museu. Mas não de um museu qualquer.
Essa foto foi tirada no início da semana na Alemanha, onde eles acabaram de chegar. O museu será o da Audi em Ingolstadt. Alguns anos atrás, conseguimos, nós vemagueiros, emplacar um Malzoni no acervo da Audi Tradition. Foi um trabalho duro e, no fim, muito recompensador. O esportivo brasileiro desconhecido dos quatrargólicos ganhando um espaço entre seus parentes germânicos.
Fissore é algo que a Alemanha não conhece. O modelo foi feito apenas no Brasil, e somente 2.800 unidades saíram da fábrica do Ipiranga. O 67 é um sedã com frente de quatro faróis e traseira com lanterna horizontal, o último modelo da Vemag. Algo que os alemães também não sabiam que existia.
Souberam anos atrás, quando os recebi pela primeira vez em casa. Peter e Ralf queriam comprar meu Fissore e meu 67, mas não vendo carros, me apego a eles. Então rolou a história do Malzoni, e o projeto dos outros dois carros para o museu foi adiado. Até que retomamos as conversas e um dos nossos, que tem uma vasta coleção de DKWs e não é tão apegado quanto eu, topou ceder os seus para que fiquem eternizados na sede da Audi.
Conhecendo os caras da Audi Tradition, em poucos meses eles estarão perfeitos na estética e na mecânica. Todos os defeitinhos serão eliminados e ambos passarão ao acervo em condições perfeitas. A ideia é que em agosto estejam prontos para o encontro mundial que será em Ingolstadt neste ano e que eu, acho, não vou poder perder.