Blog do Flavio Gomes
F-1

CAMARADAS (2)

SÃO PAULO (atualizando) – Quando escrevi o primeiro post mambembe de hoje, tinha lido apenas que os russos vieram para salvar a Sauber. Fiquei até feliz, gosto do careca e de seu time. Mas nem tudo são girassóis da Rússia nessa história. Agora que tive um tempinho, li mais sobre o assunto. Primeiro, não curto muito […]

sirotkinrenaultSÃO PAULO (atualizando) – Quando escrevi o primeiro post mambembe de hoje, tinha lido apenas que os russos vieram para salvar a Sauber. Fiquei até feliz, gosto do careca e de seu time.

Mas nem tudo são girassóis da Rússia nessa história. Agora que tive um tempinho, li mais sobre o assunto. Primeiro, não curto muito “fundos de investimento”. Me parecem, sempre, grandes lavanderias. E esqueçam Petrov. O nome é mesmo Sergey Sirotkin.

Quem?

O garoto tem 17 anos e corre na World Series. Pode se tornar o melhor piloto do mundo, um dia, e calar a boca de todos nós, preconceituosos. A Sauber fez o mesmo com Raikkonen quando o tirou da F-Renault com 20 anos de idade e duas dezenas de corridas de carro no currículo para jogá-lo na titularidade em 2001. E o finlandês tornou-se o melhor do mundo.

A história com Sirotkin, no entanto, é bem diferente. Ele não tem resultados muito expressivos e não vai ganhar o lugar porque algum olheiro o viu fazendo misérias, ou porque foi indicado por algum emissário que entende do assunto.

Não, o raio não cai duas vezes na mesma equipe de F-1. Sirotkin é filho do dono de uma das empresas russas que, pelo jeito, vão acabar assumindo o time — não está claro o papel de Peter Sauber nessa nova organização.

A Sauber se salvar é uma boa notícia. A maneira como isso será feito, não sei dizer. Sempre desconfio desses fundos, como disse, mas é bom lembrar que um grupo dessa lavra, o Genii, comprou a antiga Renault e fez dela esta deliciosa e competitiva Lotus que estamos vendo desde o ano passado. Assim como outro mecenas, Vijay Mallya, comprou o espólio da Jordan (depois de passar por picaretas da Midland e da Spyker), dava pinta de que seria apenas mais um aventureiro, e hoje temos a sólida e veloz Force India, que está longe de dar vexame, muito pelo contrário.

Assim, resta torcer para que esses russos aí sejam bonzinhos com a Sauber. E que o moleque, que deve ser titular no ano que vem aos 18 anos, o mais jovem de todos os tempos na categoria, acelere e vingue. E não se machuque.