Blog do Flavio Gomes
Nas asas

NAS ASAS

SÃO PAULO (velhas histórias, boas histórias) – O comandante Ma2Tos mandou essa em seu grupo de discussões sobre aviação. Alguém aqui já ouviu falar de “Gimli Glider”? Em 23 de julho de 1983, portanto quase 30 anos atrás, um 767 da Air Canada voava de Montreal para Edmonton com escala em Ottawa. Houve um piripaque […]

SÃO PAULO (velhas histórias, boas histórias) – O comandante Ma2Tos mandou essa em seu grupo de discussões sobre aviação. Alguém aqui já ouviu falar de “Gimli Glider”? Em 23 de julho de 1983, portanto quase 30 anos atrás, um 767 da Air Canada voava de Montreal para Edmonton com escala em Ottawa. Houve um piripaque qualquer no mecanismo de cálculo de combustível, que foi feito manualmente. Como a primeira perna do voo 143 se deu sem problemas, a tripulação, confiante, recalculou o que era necessário até o destino final. Mas o combustível acabou a 41 mil pés de altitude. Consta que a confusão se deu por conta da mudança dos sistemas de medição de libras para quilogramas.

Com as duas turbinas desligadas, sistemas hidráulicos e elétricos inoperantes e tendo de achar um lugar para pousar, a tragédia era iminente. Mas o piloto se lembrou de uma antiga pista da Força Aérea, onde ele tinha servido, e resolveu descer ali mesmo. Como voava planadores, usou toda sua experiência para aterrissar no local escolhido. Só que ele não sabia que a base de Gimli (daí o apelido de “Planador de Gimli” dado ao Boeing) estava desativada e tinha virado pista para provas de dragster. E era dia de corrida!

O vídeo acima, uma reconstituição da quase tragédia, mostra como ele pousou o 767 sem que ninguém se ferisse. É inacreditável. Dando uma pesquisada na internet, descobri que o avião só saiu de operação 25 anos depois e, neste ano, foi a leilão.

Quem será que ficou com Gimli Glider?