Blog do Flavio Gomes
Nas asas

NAS ASAS

SÃO PAULO (passou batido) – Faz alguns dias, mas ainda é tempo de lembrar dos 40 anos do primeiro grande acidente da aviação brasileira que teve repercussão mundial, a queda do Boeing 707 da Varig na aproximação de Orly, em Paris, em 11 de julho de 1973. Foram 124 mortos, como indica o pequeno memorial […]

boeing73orlySÃO PAULO (passou batido) – Faz alguns dias, mas ainda é tempo de lembrar dos 40 anos do primeiro grande acidente da aviação brasileira que teve repercussão mundial, a queda do Boeing 707 da Varig na aproximação de Orly, em Paris, em 11 de julho de 1973.

Foram 124 mortos, como indica o pequeno memorial ao pé de uma árvore no campo de cebolas onde o avião em chamas pousou. Salvaram-se 10 tripulantes e um único passageiro. O incêndio começou num banheiro, onde alguém jogou uma bituca de cigarro acesa. O fogo deu origem a uma fumaça negra que matou praticamente todo mundo intoxicado.

Os caminhões dos bombeiros do aeroporto demoraram para chegar porque entre a plantação de cebolas e a pista de Orly há uma autoestrada e não tem jeito de cruzá-la sem fazer um retorno de muitos quilômetros. E os bombeiros da pequena vila onde o Boeing conseguiu descer não tinham equipamentos adequados para combater um incêndio num avião.

O comandante daquele 707, quando voltou a voar, desapareceu num cargueiro da Varig sobre o Pacífico, anos depois. É um dos maiores mistérios da história da aviação mundial, já que nunca se encontrou nenhum vestígio da queda.

No Boeing da Varig de Orly estavam muitas pessoas famosas. Entre elas Antonio Carlos Scavone, talvez o maior responsável por trazer a F-1 para o Brasil. Um relato detalhado do acidente está no livro “Caixa Preta”, de Ivan Sant’anna (Objetiva, 2000). Vale a pena ser lido.