Blog do Flavio Gomes
F-1

INTERNADAS (11)

SÃO PAULO (e já parou, claro) – A chuva atrapalhou bem, e ela é bem gozada em Interlagos. Espera dar a hora do treino para começar. Exatamente a hora, e desaba. E quando o treino acaba, vai embora. Pobres pilotos e equipes, que assim ficaram debaixo d’água por 90 minutos na segunda sessão de hoje, […]

nadas2000SÃO PAULO (e já parou, claro) – A chuva atrapalhou bem, e ela é bem gozada em Interlagos. Espera dar a hora do treino para começar. Exatamente a hora, e desaba. E quando o treino acaba, vai embora.

Pobres pilotos e equipes, que assim ficaram debaixo d’água por 90 minutos na segunda sessão de hoje, que teve, na primeira meia hora, pouquíssima coisa acontecendo na pista. E pobres dos torcedores, também, que ficaram um bom tempo vendo o asfalto molhar. Sorte dos vendedores de capas. Esses se saem bem no fim de semana da corrida.

Paciência, faz parte.

Os tempos foram piores que os da manhã, porque a pista estava realmente encharcada. Rosberg virou 1min27s306 e de novo foi o mais rápido, mas 3s pior do que no primeiro treino. Vettel saiu no fim e ficou em segundo, a 0s225. Webber terminou em terceiro. Está tudo no Grande Prêmio.

Vettel foi o único que usou slicks em algum momento no dia, pela manhã. Foi e voltou. Depois tentou o pneu-protótipo de 2014 e idem: foi e voltou. Não havia a menor condição. Apesar da chuva forte, no final do segundo treino a pilotaiada já estava de intermediários. Gutierros foi o único que ficou até o fim com os de chuva forte. Como ninguém sabe o que será de amanhã e domingo, a maioria achou prudente guardar pneus de chuva, ambos os dois tipos, para uma eventualidade na corrida e na classificação. Eventualidade que parece bem provável, diga-se.

Como curiosidade, eis os dados piréllicos divulgados no final da sexta-feira: 4 km percorridos com o pneu-protótipo de pau para 2014; 8 km com o pneu duro escolhido para a corrida (Vettel completou os 12 km com ambos); 2.533 km percorridos com intermediários; e 550, com “full wet”, para tufões e tornados.

A chuva em Interlagos deixa todo mundo meio pirado, porque a pista nunca é igual em duas voltas seguidas. Quem anda aqui sabe, e a maioria dessa turma já andou e sabe também. Por isso que acontecem surpresas como a pole de Heisenberg em 2010 naquele carro que tinha ums detalhes azuis. E por isso o Hamilton passou o Glock naquela zona das últimas voltas em 2008.

Falando no alemão, ele foi bem de novo hoje, oitavo de tarde. Interessante, a Sauber. Eu diria que foi a única equipe que na segunda metade da temporada se esforçou para melhorar. Nas últimas sete corridas, fez 46 pontos. A McLaren, por exemplo, marcou 37 nessas mesmas sete provas. Desses 46 pontos sauberianos, 40 foram de Hülkenberg. Não é fraco, o alemão. E isso todos sabem.

Previsão para amanhã? Tempo instável. Domingo? Tempo instável. Segunda? Provavelmente sol, calor e nenhuma chance de chuva. Não adianta a F-1 querer enganar o tempo em São Paulo. A cidade é mais esperta e sempre sabe o que fazer para salvar o GP.

É o que faz de Interlagos uma delícia. Se há alguma chance de alguém brecar Vettel nesta reta final de caça aos recordes, é aqui. Com água, claro. No seco, não teria nem graça.

Rosberguinho na chuva: gosta de uma água, foi o mais rápido nos treinos do dia em Interlaken.