Como disse outro dia, aguardem novidades.
“Teens” à parte, o dia #1 de Austin foi sossegado na parte da tarde. A primeira sessão foi atrasada pela neblina e por problemas com o helicóptero médico. Na segunda, tudo OK. Deu dobradinha rubrotaurina, Vettel e Webber, como de costume.
Não tão adolescente assim, muito pelo contrário, Kovalento começou bem sua breve história na Lotus, de duas corridas. Fez o quinto tempo e andou na frente de Grosjean. O finlandês não é nenhum gênio, mas para as necessidades do time neste finzinho de ano deve servir.
Quem não gostou foi Valsecchi, o reserva. Com alguma razão, contestou a decisão de seus patrões. “Como vou ganhar experiência se quando tenho uma chance não posso andar?”, questionou. Só faltou chamar Kovalainen de aposentado imprestável. Passou perto. A verborragia deve lhe custar o posto de reserva-que-desfila-uniformizado-pelo-paddock no ano que vem.
Azar dele. Também não é nenhum gênio, como Kovalainen. A vida é cruel, na F-1. Pontos representam dinheiro. Dar experiência a um novato sem grandes perspectivas não representa muita coisa. Mas deve ser duro, mesmo, chegar tão perto e ver o tapete sendo puxado.
O clima é de fim de festa (ou de feira, se preferirem) em Austin e se fala muito mais no vaivém de pilotos do que naquilo que pode acontecer na pista. Maldanado, Pérez, Hülkenberg, Gutierros, Fútil, Resta Um, todos continuam sem saber o que farão na próxima temporada. Ou, ao menos, ainda não revelaram o que vão fazer. Um anúncio de Maldonado na Lotus é esperado para qualquer momento. O incrível Hulk é o mais angustiado, a esta altura do campeonato.
Amanhã, Vettel e Webber lutarão pela pole sem grandes ameaças de ninguém. E “lutar” é quase licença poética. O desolado canguru não parece muito disposto a fazer nada além do absolutamente necessário para cumprir tabela sem maiores emoções.
E a Ferrari? Numa draga danada. Alonso foi décimo e Massa, 12°. Mais fim de feira, impossível.