Blog do Flavio Gomes
F-1

NO SMOKING

SÃO PAULO (óbvio) – Ayrton Senna foi patrocinado por marcas de cigarro da primeira à última corrida que disputou na F-1. Era Marlboro na Toleman, foi John Player e Camel na Lotus, Marlboro de novo na McLaren e Rothmans na Williams. Já há alguns anos os patrocínios tabagistas foram banidos da categoria, dos esportes e […]

SÃO PAULO (óbvio) – Ayrton Senna foi patrocinado por marcas de cigarro da primeira à última corrida que disputou na F-1. Era Marlboro na Toleman, foi John Player e Camel na Lotus, Marlboro de novo na McLaren e Rothmans na Williams.

Já há alguns anos os patrocínios tabagistas foram banidos da categoria, dos esportes e do planeta em geral. Até aí, OK. O mundo evoluiu, os males do fumo passaram a ser mais difundidos e esclarecidos (nos anos 40 e 50, nos EUA, as empresas usavam até médicos para fazer propaganda de cigarro…) e as restrições, de fato, ajudaram a reduzir significativamente a quantidade de fumantes no mundo. Perfeito.

Mas é preciso ser razoável… Recebi ontem de presente da Shell um belo livro sobre Senna que conta a história do piloto com fotos enormes de toda sua carreira, desde o kart. Só que as imagens dele na F-1 foram todas, todas mesmo, alteradas digitalmente para que as marcas de cigarro desaparecessem de seus carros e macacões.

Como diz meu amigo Jason Vôngoli, parece coisa do Ministério da Verdade de Orwell. Totalmente desnecessário alterar a história dessa maneira tosca, sejam quais forem os motivos.