Blog do Flavio Gomes
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DOMINGO LEGAL

SÃO PAULO (mais um e deu) – Imaginem um bando de doidos se reunindo numa manhã de domingo numa garagem onde estão 16 carros antigos, acompanhados do Crispim no papel de mecânico-chefe, meu pai na função de contador de histórias, três namoradas/esposas, ferramentas, galões de gasolina, compressor de ar e baterias. A ideia original era […]

SÃO PAULO (mais um e deu) – Imaginem um bando de doidos se reunindo numa manhã de domingo numa garagem onde estão 16 carros antigos, acompanhados do Crispim no papel de mecânico-chefe, meu pai na função de contador de histórias, três namoradas/esposas, ferramentas, galões de gasolina, compressor de ar e baterias.

A ideia original era tirar todos, que estão de mudança para uma garagem mais próxima de casa. Mas é o tal negócio. Carro não pode ficar parado. Aliás, é a razão da mudança. A distância te faz abandonar os carrinhos, porque o trânsito é complicado, nunca temos tempo de visitá-los, usá-los, funcioná-los, aquelas coisas que todos estão carecas de saber.

Eram 20 originalmente. Quatro eu já tinha levado. Conseguimos mais seis. O Escort, o Niva, um Passat, o Karmann-Ghia e dois DKWs. Foi toda a turma: Tranjan, Giordano, Tohmé, Daier, Chaud, Chambel, Belo, Fernando, mais as meninas. Tentamos funcionar todos. Alguns, não teve jeito. O Corcel travou a roda. Dois Ladas estão com problema na linha de combustível. O Surf vai precisar de revisão no carburador. O TL quebrou o cabo do acelerador. Um Fusca ficou sem arranque. O Corcel II, a Kombi, o Gol a ar e o Fusca 66 estão sem bateria e nossos equipamentos não foram capazes de tirá-los do lugar. Sem problemas. Nada grave, conseguiremos nos próximos dias.

Umas quatro horas de trabalho, graxa, fumaça e risadas depois, saímos em caravana para levar os carrinhos ao seu novo endereço. Os mais impressionantes foram os DKWs. Dois anos parados. Foi jogar gasolina no carburador, colocar o “starter” nas suas baterias de 6 volts e pronto. Saíram alegremente pela cidade sem nem engasgar. Meu pai, que não guiava um DKW havia algum tempo, se empolgou e saiu passando todo mundo para chegar na frente.

Terminamos o dia tomando caipirinha, comendo coxinhas e contando mentiras. Difícil imaginar um domingo mais divertido.